Mortes por H1N1 assustam, mas nem todo mundo lembra da prevenção
Governo reafirma a inexistência de surto
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Governo reafirma a inexistência de surto
A divulgação da trigésima segunda morte pelos vírus da gripe A este ano em Mato Grosso do Sul, ontem (1º) no 12º boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Saúde do Estado) reforça o medo da população. Campo Grande concentra o maior número de mortes, 9, mas em uma curta caminhada pelo centro da Capital, é visível a despreocupação com as medidas de prevenção, por exemplo, a máscara que é uma das proteções recomendadas na hora de ‘encarar’ a aglomeração de pessoas.
A temporada de gripe costuma chegar no Brasil entre maio e julho, quando as temperaturas são mais baixas, mas este ano começou a se manifestar mais cedo, em fevereiro. Além da antecipação da doença, também tem chamado a atenção o número de vítimas fatais. O maior número de óbitos foi registrado no mês de maio, conforme os boletins epidemiológicos da SES. Foram 23 mortes, uma média de cinco óbitos por semana e uma a cada 31 horas.
A vendedora Marina Costa Rodrigues, de 27 anos, afirma tomar as medidas de prevenção, mas o medo de ser infectada persiste por ter de lidar diariamente com o público. “Essa quantidade de mortes assusta. E não tomei a vacina, mas tenho usado o álcool em gel. Meu medo é enfrentar o público todos os dias no comércio”, disse.
O estudante Maurício Júnior, de 21 anos, também ressalta o uso de álcool em gel, mas não esconde o medo da doença. “A gente se previne, mas são muitos mortos e isso assusta qualquer um”, conta.
A aposentada Dalva Sosselo, de 72 anos, tomou a vacina, mas confessa a falta da prática preventiva. “Acho que fui uma das primeiras a tomar a vacina, mas não tenho usado máscara e nem álcool em gel”, revelou.
O mesmo acorre, com a gestante de 8 meses Cinta Alves Santos, de 26 anos, que também tomou a vacina, mas não segue as orientações de prevenção. “As vezes utilizo. Na verdade quando eu lembro”, finalizou.
O Ministério da Saúde disponibiliza as vacinas apenas para os grupos de risco, mas como medida de prevenção e controle de infecção, orienta cuidados que devem ser tomados, baseadas no Protocolo de Tratamento de Influenza.
A SES informou, por meio de nota técnica, que o Estado não passa por um surto de gripe A, mas que a prevenção é essencial. Conforme a nota do governo, o próprio Ministério da Saúde afirma que “não há motivo para medidas que não sejam as de rotina durante a sazonalidade de influenza. Não há nenhum município ou estado com uma medida diferente que não seja o fortalecimento das ações de prevenção e controle no período sazonal. Em alguns lugares já observa-se o declínio da notificação de Síndrome Respiratória Aguda Grave no Brasil.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO:
> Cobrir o nariz e a boca com lenço, ao tossir ou espirrar, e descartar o lenço no lixo após uso.
> Lavar as mãos com água e sabão após tossir ou espirrar.
> No caso de não haver disponibilidade de água e sabão, usar álcool gel.
> Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
> Evitar contato próximo com pessoas doentes.
> Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.
> Manter os ambientes bem ventilados.
> Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza.
> Evitar sair de casa em período de transmissão da doença.
> Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados).
> Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
(Sob supervisão de Marta Ferreira)
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