Moradores de área no Noroeste prometem acampar na frente da Prefeitura
Famílias precisam deixar local onde moram até 7 de julho
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Famílias precisam deixar local onde moram até 7 de julho
Depois de participarem de reuniões com representantes da Energisa e da Prefeitura de Campo Grande, na manhã desta quarta-feira (30), moradores de uma área invadida no Jardim Noroeste, na região leste da Capital, prometem acampar na frente do Paço Municipal. O protesto deve ocorrer caso não haja uma solução de moradia para as 93 famílias que devem deixar o local onde residem até o próximo dia 7.
Cinco representantes escolhidos pelos moradores participaram de reunião com a Energisa e Prefeitura. A comissão foi criada a pedido do vereador Coringa (PSD), que conversou com o grupo durante protesto na BR-163, próximo da entrada do bairro.
Por volta das 8 horas, os manifestantes tentaram bloquear a rodovia, mas foram impedidos por policiais da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Pouco depois, o vereador chegou ao local e conversou com os manifestantes e seguiu com a comissão para a Energisa.
Segundo o morador, identificado como Paulo Júnior, durante a reunião na concessionária representantes da empresa se comprometeram a instalar postes de energia elétrica, caso a Prefeitura disponibilize nova área para as famílias.
“Eles disseram que vão deixar tudo pronto para que a gente tenha energia elétrica, mas para isso temos de ter um local para morar”, destaca.
O morador diz ainda que a comissão seguiu em direção à Prefeitura, onde conversou com o secretário municipal de governo, Paulo Pedra e com o diretor-presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande), Dirceu de Oliveira Peters.
“O chefe da Emha, disse que não tem projeto de moradia para nós e que ele não pode fazer nada a não ser que seja autorizado. Se não tiver uma resposta, vamos acampar na frente da Prefeitura”, afirma. As reivindicações serão encaminhadas para o prefeito Alcides Bernal (PP). Até o momento, não há um posicionamento oficial a respeito do assunto.
A manifestação continua na BR-163. Um grupo de moradores permanece no local, enquanto outro segue em direção ao MPE (Ministério Público Estadual). Os moradores esperam resposta da Prefeitura e não informaram o prazo para que acampem na frente do Paço Municipal.
Em nota a assessoria de comunicação da Prefeitura afirma que a reintegração de posse foi movida por se tratar de área ocupada de forma clandestina e por ser um local que representa riscos à segurança, tanto das pessoas que se instalaram no terreno, quanto para a população em geral.
Confira a nota na íntegra:
“A Energisa esclarece que a reintegração de posse foi movida por se tratar de área ocupada de forma clandestina e, principalmente, por ser um local que representa riscos à segurança, tanto das pessoas que se instalaram no terreno, quanto para a população em geral.
A área está localizada em faixa de servidão de Linha de Transmissão, ou seja, com estruturas energizadas de alta tensão. Além do risco de acidentes fatais, a população como um todo pode ter o fornecimento de energia comprometido em caso de ocorrências na linha.
Vale ressaltar que as equipes da concessionária estiveram no local, por diversas vezes, orientando as pessoas sobre os sérios riscos de acidentes a que estão expostos no terreno”.
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