Ministro da Justiça diz que acompanhou de perto situação em MS

Tropas da Força Nacional estão sendo enviadas ao local

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Tropas da Força Nacional estão sendo enviadas ao local

O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, afirmou nesta quarta-feira (15) que acompanha com atenção o conflito entre Índios da Aldeia Tey Cuê e fazendeiros em Caarapó, município localizado a 273 quilômetros de Campo Grande. O clima entre os grupos ainda é de tensão e tropas da Força Nacional estão sendo enviadas ao local.

De acordo com nota enviada ao Jornal Midimax, Moraes acompanhou ‘de perto’ o caso desta esta terça-feira (14) e já determinou uma rigorosa apuração dos fatos. Depois de um pedido do governador do Estado, Reinaldo Azambuja, o ministro enviou apoio policial para a fazenda.

Segundo a assessoria de comunicação do ministro, os agentes da Força Nacional saíram de Brasília na tarde desta quarta-feira e devem chegar a Caarapó nesta quinta-feira (16) para auxiliar as Polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal, “a fim de restabelecer a ordem pública e preservar a incolumidade das pessoas e do patrimônio”.

Situação

Os confrontos na região se agravaram depois do assassinato de um índio, Claudioni Rodrigues Souza, de 26 anos. Na tarde desta terça-feira, três policiais militares chegar a ser feitos reféns, espancados, despidos e ainda tiveram gasolina jogada no corpo. Os índios chegaram a atear fogo na viatura dos militares e a tomaram suas armas, que só foram recuperadas no final da tarde de hoje.

Em uma nota de repúdio, a ABSSMS (Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul) afirmou que os policiais foram até a fazenda para apoiar uma equipe do Corpo de Bombeiros que socorria os índios feridos no confronto com os ruralistas, quando foram surpreendidos por um grupo de 15 pessoas.

Foi neste momento que os militares foram algemados e colocados deitados com o rosto voltados para o solo, enquanto a viatura era depredada. A situação foi contornada depois de duas horas, com a chegada de um pastor evangélico que atua na reserva indígena.

Do outro lado, uma índia que mora na aldeia afirmou para a imprensa que no mesmo dia outros índios foram assassinados pelos fazendeiros. Segundo ela, duas crianças estão entre as vítimas. “Tinha mais crianças entre as vítimas. Os fazendeiros enterraram duas crianças com uma pá carregadeira. Todo mundo que foi baleado estava dentro da aldeia”, alegou.

Ainda conforme ela, nenhum índio ferido, oito ao total, estava na região que pertence aos fazendeiros na aldeia. “Vieram, atirando em direção à aldeia. Todas as vítimas estavam em território indígena e não na Fazenda Yvu”, diz.

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