Médicos e laboratórios denunciam calote do IMPCG
Servidores alegam que consultas foram canceladas
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Servidores alegam que consultas foram canceladas
Há semanas servidores municipais reclamam que médicos estariam deixando de atender pelo convênio ServiMed do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande). Agora médicos e laboratórios estão se manifestando sobre os atrasos.
O representante de laboratório, que não quis se identificar, informou que os pagamentos deixaram de ser feitos em outubro. “Os serviços prestados em setembro, que deveriam ter sido pagos em 20 de outubro, não foram pagos”.
Uma médica credenciada pelo IMPCG também alega que está sem os repasses pelo mesmo período, mesmo tendo mantido os atendimentos. “Recebo cerca de 50 servidores municipais por semana em meu consultório e estou mantendo os atendimento”, diz a médica. Outra profissional da saúde disse que nesta sexta-feira (9) recebeu pelos serviços prestados em setembro, mas os serviços de outubro continuam atrasados e não sabe como ficarão os outros meses.
Uma servidora do município, que não quis ser identificada, entrou em contato com o Jornal Midiamax contando que uma consulta já agendada teria sido desmarcada. A imagem enviada mostra mensagem cancelando a consulta: “vamos precisar desmarcar devido ao não pagamento do convênio IMPCG para os médicos”.
A mensagem ainda diz que os atendimentos ao convênio não serão realizados até a regularização dos pagamentos. No final, há um pedido de desculpas e compreensão. Outros servidores informam que vários médicos também estariam deixando de atender pelo IMPCG pelo mesmo motivo. Um deles alegou que uma cirurgia teria sido desmarcada por um hospital.
Em mensagem enviada, outro servidor diz que em conversa com um médico, este teria confirmado que não recebe do IMPCG há vários meses. “Depois fiquei sabendo que alguns planos também não estão recebendo e até o Prontomed não está mais atendendo pelo IMPCG, sendo que todo mês as cobranças estão sendo feitas no holerite dos funcionários”, explica.
Em outro caso, uma mensagem de desabafo deixada em um grupo do Facebook relata que a esposa de um servidor aposentado pela Prefeitura, que paga o convênio, teve de ser internada em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) pele mesmo problema.
“O plano está suspenso para atendimento por motivos de falta de repasse de verbas do serviços do plano de saúde… Hoje minha avó, praticamente desenganada pelos médicos, não recebe o tratamento adequado, pela falta de consciência da saúde pública e do plano de saúde daquele o qual meu avô praticamente toda a sua vida …”.
A reportagem do Jornal Midiamax ligou várias vezes para o secretário de administração, Ricardo Ballock, mas as ligações não foram atendidas. A assesoria da Prefeitura Municipal informou apenas que “era questão de pagamento e regularização de contrato”, sem detalhar ou dar mais informações. A página do IMPCG que deveria conter a lista de credenciados está em branco.
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