Mãe das irmãs mortas no Japão ainda não conseguiu visitar as netas

Cerimônia para as jovens será no dia 31 de janeiro

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Cerimônia para as jovens será no dia 31 de janeiro

Um vazio muito grande, este é o sentimento que Maria Aparecida Amarilha Scardin, mãe  da campo-grandense Amarília Maruyama Kimberli Akemi, de 27 anos e de Michele Maruyama, de 29 anos,  afirma sentir depois de perder suas filhas, assassinadas no último dia 31 de dezembro no Japão.

Maria que está no país desde o dia 10 de janeiro, foi ao Japão para trazer de volta ao Brasil as cinzas das jovens, que devem ter uma cerimônia no dia 31 de janeiro e logo depois deve ser feita a cremação dos corpos, para o translado.

E depois da dor de perder as filhas em um crime brutal, Maria Aparecida ainda tem de lutar para tentar visitar e trazer as netas de 3 e 5 anos para o Brasil. “Ainda não consegui visitar minhas netas, que estão em um abrigo do governo, é muita burocracia”, afirma Maria que está sendo auxiliada pelo cônsul do Brasil no país.

Com permissão para ficar no Japão por três meses, a mãe das campo-grandenses não descarta a possibilidade de estender sua estadia, “Quero ficar para o julgamento, que ainda não tem data para acontecer. E se eles (governo) acharem minha presença necessária fico mais tempo”, explica.

O marido de Akemi, suspeito do crime, está preso mas ainda não foi indiciado pelo governo japonês, segundo Maria Aparecida. “Quero que isso acabe logo, e que eu possa voltar para minha terra com minhas netas. Só consigo sentir muita dor e revolta neste momento”, finaliza.

Caso

Amarilia Maruyama Kimberli Akemi, de 27 anos, foi assassinada na cidade japonesa de Handa, no dia 31 de dezembro. De acordo com a imprensa local, ela teria sido estrangulada, e o local incendiado posteriormente.

A outra mulher ainda não foi identificada oficialmente, mas a polícia suspeita que seja a irmã de Akemi, Michele Maruyama, de 29 anos, que também é de Mato Grosso do Sul.

A perícia constatou que os corpos eram de duas mulheres e que as mortes foram causadas por estrangulamento, e posteriormente o apartamento foi incendiado com gasolina. A polícia encontrou um galão de gasolina praticamente vazio deixado sobre a pia da cozinha.

O marido de Akemi, de nacionalidade peruana, é investigado como suspeito do crime e  foi detido no dia do incêndio, quando dirigia um veículo acompanhado das duas filhas de Akemi, de 3 e 5 anos de idade. 

Testemunhas afirmam ter visto uma pessoa parecida com o peruano perto do local do crime e também retirando objetos de um carro estacionado no local.

 

 

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Marinete Pinheiro
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