‘Friaca’ muda hora do banho, obriga a comprar casacos e faz sol virar atração

Sensação nesta madrugada foi de -4ºC na Capital

Os campo-grandenses já tiveram que mudar os hábitos com o frio dos últimos dias. A compra por casacos aumentou, a hora do banho mudou, e o ‘solzinho’ já é atração nas ruas da Capital. A madrugada deste domingo (12) foi a mais gelada do ano.

Ainda faltam menos de 10 dias para o inverno, mas os termômetros já alcançaram quase 5ºC na Capital. Nas ruas, o lado do sol era a preferência nesta manhã. “A gente procura um solzinho pra se aquecer”, diz a dona de casa Marluce Silva, de 38 anos.

A atendente Laura Silva, de 30 anos, passeava com as duas filhas no centro nesta manhã. “A gente agasalha bem elas, porque são pequenas, mas não dá para deixar de sair. Por sorte, elas ganharam casaco da minha sogra porque está muito frio”, cita.

A rotina na hora de tomar banho também mudou. “Agora só tomo banho uma vez ao dia, e a tarde. Cortei o da manhã, não dá não”, diz o aposentado Abdala Gazal, de 70 anos.

“O banho só com a água bem quente e depois um banho de hidratante porque a pele da gente fica ressecada”, cita a professora Eva Regina Brito, 60.

O mototaxista Marcos Moraes, de 48 anos, está saindo de casa com quatro casacos, duas luvas e duas calças para trabalhar. “O frio está demais, e de moto é ainda pior. Só assim para conseguir aguentar essa friagem. Eu costumava chegar para trabalhar às 5h30, agora venho às 7 horas porque o povo só está saindo esse horário mesmo”, diz. A procura pela moto táxi diminuiu, segundo Marcos, por causa do frio e da chuva. “O pessoal não quer sair de moto com esse tempo”, relata preocupado o mototaxista.

Nas igrejas

Nas missas desta manhã, os fiéis chegavam bem agasalhados, aos poucos. “A gente precisa vir para agradecer pelas coisas que temos, pelo que conseguimos, e até pelo frio, por quê não?”, diz Eva.

Em meio às comemorações da Festa do Padroeiro, o padre Odair Costa da Igreja Santo Antônio recebia os fiéis nesta manhã. “A fé é maior que o frio”, afirma.

Segundo o padre, as pessoas têm ido à igreja mesmo no frio, e principalmente, por causa da festa de Santo Antônio, que acontece amanhã. “O bolo já está sendo montado, e para o pessoal não tem frio. Esse ano ele terá mais de mil quilos e 500 alianças”, destaca.