Finados: nas barraquinhas, vendedores esperam faturar mais do que em 2015

Ambulantes já ocupam as entradas dos cemitérios

Na véspera do Dia de Finados, os vendedores ambulantes já ocupam as entradas dos cemitérios públicos de Campo Grande. No Santo Amaro, o maior da Capital, ainda é fraca a movimentação nas vendas e de pessoas visitando os túmulos. Os ambulantes dizem esperar que as vendas deste ano superem as do ano passado, quando a data foi marcada por chuva e emenda de feriado. 

A maioria das barraquinhas é de artesãos e vendedores de flores. Mirce Pinto Centurião, 78 anos, conta que há 30 anos vende artesanato na porta do cemitério com a família. São arranjos, coroas e até velas com caixinha de fósforo. 

Maria dos Santos Rocha, 60 anos, vende artesanato com materiais recicláveis há quatro anos. “Todo o que for reciclado e eu puder utilizar, eu utilizo. Quando morava em Fátima do Sul, usava até cipó para fazer os meus trabalhos”, conta. Ela espera vender no mínimo R$ 1,5 mil em produtos que tem preços entre R$ 2 e 30. “Até agora, o movimento está muito fraco, mas acredito que amanhã vai surpreender”, diz. 

A autônoma Eliane Aparecida de Castro Pereira, 45 anos, já trabalha com vendas no cemitério há 30 anos, em uma barraquinha que passou por vários integrantes da família. Ela preparou 2 mil vasos de flores artesanais. “A expectativa é grande e quero voltar sem nada para casa. Acho que vai ser melhor do que o ano passado. A chuva e o feriado foram inimigos”. 

No cemitério ainda há muito entulho que precisa ser recolhido. De acordo como auxiliar administrativo do cemitério, Marcos Vargas, o local entre os túmulos foi limpo pela Solurb, mas os entulhos não terminaram de ser retirados, pois a movimentação de visitas no cemitério começou ainda na semana passada. Com isso, o recolhimento foi suspenso e o entulho só deve ser retirado após o Dia de Finados. 

Ainda conforme o auxiliar administrativo, 10 mil pessoas já passaram pelo local e pelo menos, mais 25 mil devem vistar o cemitério na quarta.