Família de Luana, morta em escola, planeja mais um protesto
Eles afirmam que autora já está em liberdade
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Eles afirmam que autora já está em liberdade
Familiares e amigos da adolescente Luana Vieira Gregório, assassinada em 2013 em frente a escola onde estudava em Campo Grande estão organizando mais um protesto. Desta vez, os familiares reclamam da pena branda dada a adolescente acusada de ter golpeado Luana, que segundo eles terá que cumprir seis meses de serviços comunitários.
A auxiliar de escritório Jane Cristina Gimenes Gregório, de 34 anos, tia da Luana conta que receberam a notícia da pena da adolescente há uma semana e desde então todos estão indignados.
“Fomos essa semana que passou no fórum e ficamos sabendo que a menor que matou minha sobrinha foi condenada a seis meses de pagamento de serviços comunitários. A gente ficou muito revoltado porque ela tirou a vida da minha sobrinha, deixou a bebezinha dela órfã e a promotoria condena ela a seis meses de serviço comunitário? É muito revoltante,” diz.
Revoltados com a condenação que para os familiares é muito branda, Jane Cristina diz outro protesto está sendo organizado. “A gente está querendo fazer um protesto no dia 15 por conta dessa pena que foi dada para ela. A gente achou muito pouco. Quer dizer que a vida da minha sobrinha valeu seis meses de serviço comunitário?”, destaca.
A redação entrou em contato com promotoria responsável pelo caso, mas fomos informados que por se tratar de crime envolvendo adolescentes o processo tramita em segredo de justiça atendendo às orientações do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e por isso não seria possível nos repassar qualquer informação sobre o andamento do caso.
Relembre o caso
Luana foi assassinada no dia 11 de setembro de 2013 com golpe de faca durante briga em frente da Escola Estadual José Ferreira Barbosa, na Vila Bordon. A faca era de Dafni Alves de Lima e uma adolescente, de 16 anos, cometeu o crime. O caso teve grande repercussão em todo o Estado e foi veiculado pela imprensa nacional.
A polícia concluiu o inquérito e indiciou Dafni como coautora, pois, mesmo sabendo que haveria uma briga, não tomou qualquer atitude que pudesse evitar. Ao contrário, levou a faca com a qual a menor atingiu Luana. Já a menor foi indiciada como autora. No entanto, como ambas não foram presas em flagrante, esperaram pelo pronunciamento da Justiça em liberdade.
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