Deputado do PT-RS esteve em MS e divulgou imagens

Em vídeos divulgados pelo deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), os índios Guarani-Kaiowá, de , a 273 quilômetros de Campo Grande, afirmam que durante o confronto que acabou com a morte de Cloudione Rodrigues Souza, de 26 anos, foram atacados com tiros a queima-roupa. 

Em um dos vídeos, os índios relatam o momento em que uma indígena foi atingida de raspão no braço. Ela foi encaminhada para o hospital da própria cidade. Em outro, é relatado a hora em que  Cloudione foi atingido e recebeu socorro do próprio irmão. As imagens foram gravadas durante uma visita à região do confronto. Estiveram no Estado o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, Padre João (PT), e os deputados Paulo Pimenta (PT), Vander Loubet (PT) e Zeca do PT. 

Nas imagens, uma das lideranças diz que os Guarani-Kaiowá são uma nação, que não vivem apenas no Mato Grosso do Sul, mas também na Argentina, Bolívia e Paraguai. “Essa tragédia, esse extermínio que aconteceu com nosso povo, em que nosso guerreiro tombou mais uma vez, por um pedaço de terra no Mato Grosso do Sul. Era 10 % do Estado nosso território e nós estamos reivindicando apenas 1,5%, que o governo ainda não tem proposta ou resultado se vai resolver demarcar para nós”, diz. 

Em outro trecho, o indígena afirma que “vimos que o Ministério da Justiça deu uma portaria para portaria fazer a segurança, com a Força Nacional e Polícia Federal. Só que muitas vezes policia, Força Nacional, Polícia Federal persegue as lideranças, persegue as comunidades”. Em vídeos, indígenas dizem que foram atacados a queima-roupa

Em outro vídeo divulgado pelo deputado, um indígena diz que os Guarani-Kaiowá não vão desistir da luta. “Ele morreu dentro da aldeia. Quando ele caiu no chão, eu fiquei de lado. A luta não é só de hoje, é até a morte. Só depois da morte que receberemos a vitória”. Em outro trecho, é relato o momento eu que a indígena é atingida. 

“A professora levantou e falou: para de atirar, queremos falar com vocês pacificamente, e levou um tiro no braço. Nos protegemos e tiramos ela dali. Eles não quiseram parar de atirar. Atiraram sem piedade e foram queimando as motos. Passaram para o lado do território indígena e atiraram no nosso guerreiro. Quando caiu nosso guerreiro no chão, com dois tiros, o irmão dele foi lá para socorrer acabaram atirando no professor. Gritei para parar de atirar e eles atiraram. Por sorte a bala não me pegou”. 

Em outro vídeo, o deputado petistas diz: “A luta dos Guarani e Kaiowá busca, nada mais, nada menos, do que o que está escrito na Constituição Federal. Quando é feita uma retomada por parte dos indígenas, é quase um grito de socorro. Não é possível que mais uma morte fique impune. Se os fazendeiros não concordam com alguma decisão, que busquem a justiça. Mas chegar aqui atirando, fortemente armados, atirando em todo mundo, isso é uma ação criminosa que deve ser tratada como milícia privada. Isso é um crime gravíssimo”.