Em meio a epidemia, pacientes esperam 6h por medicação em postos
Pacientes improvisam cadeiras como leito
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Pacientes improvisam cadeiras como leito
Suspeitas de dengue, chikungunya e zika vírus, têm aumentado a procura por atendimento nas UPAS (Unidades de Pronto Atendimento) de Campo Grande e a estrutura nas unidades continua sendo obstáculo. A falta de macas tem causado transtorno e sofrimento para os pacientes, que alegam esperar mais de seis horas por um leito para medicação. A situação obriga pacientes improvisarem cadeiras como leitos para deitar durante a espera.
O fato foi relatado por um paciente, de 43 anos, que com suspeita de dengue, procurou por diagnóstico na manhã desta quarta-feira (3), na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida. Juntamente com sua esposa, chegou à unidade por volta das 7 horas, passou pelo atendimento médico, realizou exames de sangue, no entanto, mesmo com a suspeita de dengue, até às 13 horas não havia sido medicado.
A esposa dele, que preferiu não se identificar, afirmou ter sido avisada por funcionários de que os leitos estavam todos ocupados e seu marido só seria medicado quando liberasse uma vaga. “Estava muito cheio com bastante gente esperando para receber o soro porque não tem leito. Os funcionários disseram que os pacientes têm de esperar desocupar para serem medicados. No entanto, não tem nenhuma previsão. Entendemos que se trata de uma epidemia, mas deveriam disponibilizar mais macas. Isso é falta de respeito com os pacientes”, declara.
Com suspeita de zika, outra paciente de 17 anos aguardava também por um leito na unidade desde as 12 horas. A menina está com sua filha de 46 dias no local por não ter com quem deixar e aguarda por mais de quatro horas para ser medicada.
Seu esposo, o acadêmico de direito, Marcos Vinicíus Lemos, de 20 anos conta que os atendentes falaram que não há previsão para receber o soro, exclusivamente, porque os leitos estão lotados. “Estamos preocupados com amamentação da criança. Até agora não foi medicada e não fomos auxiliados do que fazer nessa situação. Pela lotação dos corredores eu acredito que deve demorar pelo menos mais três horas para ela receber medicamento”.
A situação não é exclusiva da unidade na Vila Almeida
No UPA do bairro Universitário há pacientes em pé pela superlotação e uma longa fila em espera por um leito. Com suspeita de zika, uma paciente, de 45 anos que preferiu não se identificar ficou aproximadamente 4 horas aguardando. “O atendimento do médico foi ótimo,a triagem não demorou desta vez. Por um momento pensei que seria rápido hoje, mas me enganei, pois tive de esperar por aproximadamente quatro horas para ser medicada porque avisaram que o local de medicação estava lotado”.
A falta de leito também atinge CRS (Centro Regional de Saúde) do bairro Nova Bahia. Leitores do Jornal Midiamax procuraram o jornal para reclamar. “Funcionários só ficam no celular o tempo inteirio e o atendimento está péssimo. Estou desde as 9 horas da manhã esperando por atendimento com suspeita dessa epidemia, e até agora (16 horas) não fui direcionado para medicação”, relata um paciente que prefiriu não se identificar.
Apesar das medidas emergenciais para conter a proliferação do agente transmissor, Aedes Aegypti, adotadas pela prefeitura nas UPAs, como os hospitais de campanha do Vila Almeida, Universitário, nos corredores é possível ver ainda pacientes que improvisam cadeiras para deitarem enquanto aguardam medicação.
Em contato com a prefeitura de Campo Grande foi alegado que “não existe falta de macas para atendimento, principalmente onde existem tendas de hidratação. Além dos leitos das enfermarias, existem 12 leitos nas unidades, usados para hidratação de pacientes com suspeita de dengue”.
A assessoria afirmou ainda que em caso de dengue hemorrágica ” o paciente terá classificação vermelha e será alocado no setor correspondente, com acompanhamento médico e cuidados intensos de enfermeiros”.
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