Drama: bebê morre na barriga da mãe e mulher aguarda há três dias por parto
Procedimento para retirar o bebê não foi realizado
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Procedimento para retirar o bebê não foi realizado
Há três dias aguardando o parto do bebê, que já está morto, familiares de Mineia Souza Bento, de 36 anos, questionam a demora para a retirada do feto de 36 semanas. A paciente deu entrada na Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande, na última quarta-feira (24), depois de passar por uma consulta em uma unidade de saúde e ser informada de que o coração do filho havia parado. Os parentes temem que com o passar dos dias o feto, ainda no útero, possa provocar alguma infecção.
“Estão querendo fazer o parto normal. Os médicos dizem que tem de ser desse jeito porque não sabem do que o bebê morreu e por isso não podem fazer cirurgia, mas ainda assim queremos entender o motivo de tanta demora. O bebê está no útero dela e ficamos preocupamos em poder passar alguma infecção”, declara Maria de Fátima Oliveira Bento, de 57 anos, tia da paciente.
Fabiana de Oliveira Rossa, de 33 anos, prima de Mineia compartilha da mesma preocupação e questiona o motivo pelo qual o feto não foi retirado. “Os médicos não querem retirar o bebê, mas temos medo de que isso possa provocar alguma infecção”, ressalta.
A assessoria de comunicação da Santa Casa explica que “está seguindo o protocolo médico indicado para o caso”. Ainda de acordo com a justificativa, “a recomendação é induzir um parto natural para poupar a paciente de riscos maiores”.
“É protocolo que seja realizada a indução medicamentosa de parto natural e apenas em caso de não resposta, parta-se para procedimento cirúrgico. A questão é de segurança e preservação da saúde da mãe. Quanto ao medo expressado de infecção, informamos que o mesmo é monitorado via exames e também informamos que a paciente recebe acompanhamento multidisciplinar, inclusive psicológico”, justifica.
A assessoria de comunicação da Santa Casa observa ainda que conforme manual técnico do Ministério da Saúde, “o prazo protocolar é de quatro a cinco semanas após a morte fetal”.
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