De volta à buracolândia: remendos somem e crateras reabrem no asfalto

 Ainda não há previsão de manutenção

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 Ainda não há previsão de manutenção

Após três dias chuvosos, as ruas de Campo Grande voltaram a se transformar em um ‘queijo suíço’. Apesar da pouca quantidade de água, o asfalto mostrou fragilidade, como também a Operação Tapa-Buraco da prefeitura da Capital. Remendos desapareceram e buracos que já haviam sido tapados até aumentaram.  

A estrutura está comprometida em bairros e endereços de alto fluxo, mas ainda não há previsão de quando a manutenção nas vias será refeitas. O fracasso da operação é comprovado com os buracos que já foram tapados, mas que na primeira chuva voltaram a aparecer, como na rua Manoel Gomes, no bairro Maria Aparecida Pedrossian. Ali, os moradores esperaram em torno de sete meses para que apenas um buraco fosse tapado, e a operação da prefeitura só teria aparecido dois dias antes das eleições municipais. O buraco cedeu novante e ainda não há previsão de quando o local sofrerá manutenção.

Se com a estiagem o município não deu conta de resolver a situação, com o período chuvoso as ocorrências tendem a se multiplicar. Desta vez, a prefeitura ainda conta com mais um agravante, a redução de recursos. A previsão da prefeitura é de investir R$ 41,7 milhões até 2017. Apesar da quantia alta, os números são inferiores aos valores investidos em anos anteriores.

Para tentar minimizar a situação dos buracos, moradores colocam de tudo. Tentam cimentar, colocar galhos e, como fizeram na rua Jamil Felix Naglis, assentam inclusive paralelepípedos.  Na rua Antônio Maria Coelho, motoristas colocaram galhos para tentar sinalizar a rua e alertar os outros condutores.
Na avenida Salgado Filho, a situação também é precária, sem contar a falta de sinalizalição, o que torna ainda mais difícil a tarefa do motorista em tentar escapar da ‘buraqueira’.

Na região central, os problemas ainda podem estar longe de serem resolvidos, isso porque a camara municipal promulgou lei que fixa o horário para a realização do serviço nas  avenidas de intenso fluxo, como avenida Afonso Pena. Desde o mês passado a operação só pode ser feita entre das 20 horas às 4 horas.

Contrária à decisão, a Secretaria de Infra-Estrutura, Habitação e Transporte alega que “na atual situação é inaplicável, uma vez que trabalho noturno implica em aumento de custos que não estão previstos em contrato”.

 

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