Confecção de tapetes de Corpus Christi reúne 3 mil fiéis no Centro
À tarde, está prevista procissão
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À tarde, está prevista procissão
Cerca de 3 mil pessoas reuniram-se no Centro de Campo Grande, indo da Avenida Fernando Correa da Costa à Rua Antônio Maria Coelho, para a celebração do dia Corpus Christi, data que, na fé católica, lembra o mistério da eucaristia, o sacramento do corpo e o sangue de Jesus Cristo.
Os participantes do evento começaram a chegar por volta das 4h30, para formar um tapete artístico, ornamentado com imagens e frases religiosas. A confecção do tapete vai até meio dia. Às 15h, é iniciada a missa no Centro, seguida de uma procissão que vai da Av. Mato Grosso até a Av. Fernando Correa da Costa.
O padre Odair Costa, que coordena a Paróquia Santo Antônio e é responsável pelo evento, traça uma analogia entre a organização do tapete e a própria vida humana. “Se você olha é essa bagunça, mas eles vão mexendo e vira uma obra de arte. Assim eu vejo a vida: às vezes parece bagunçada, mas se organizarmos, temos uma obra muito bonita”.
A celebração reúne todas as paróquias da capital, com espaço delimitado para cada uma delas. A comerciante e estudante Simone Oliveira, que participa de todas as edições há mais de 15 anos, lembra que tudo é feito de forma democrática. “Este ano, nós pensamos em fazer diferente. Teve união, cada um dá sua opinião e nós acolhemos. Estamos dando o melhor, Jesus merece”.
O estudante Arthur Ferreira da Silva, 18, que está presente na comemoração desde seu primeiro ano de idade e ajuda a coordenar os jovens no evento, diz que um dos fatores mais importantes é a união das paróquias. “É uma das poucas festas em que toda a arquidiocese está reunida. Poder estar aqui, cada um representando sua paróquia, é muito gratificante”.
Ele acha importante o envolvimento dos jovens em celebrações como esta. “A cada dia que passa, é mais complicado ver jovens, e estar aqui participando é um incentivo pra eles. Faltam algumas ações da Igreja, mas é nos pequenos gestos que conseguimos atrair”.
A aposentada Armanda Cueva, 77, veio de Brasília visitar a família e aproveitou para passar no evento. “É muito lindo o trabalho das congregações”, diz. Seu filho, José Cueva, 45, também aponta para a beleza da festa. “É muito bonito o trabalho, o envolvimento das famílias como um todo é muito importante. É uma demonstração de fé e dedicação”.
A nora de dona Armanda, Luciane Cesário, 43, diz que a participação dos jovens foi o que mais a agradou. “A maioria dos anos eu venho, e o que mais acho interessante é a participação dos jovens e das crianças”.
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