Com ajuda da polícia, prefeitura promove campanha para evitar epidemia de dengue
Casas e terrenos estão na mira da polícia e Exército
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Casas e terrenos estão na mira da polícia e Exército
Em janeiro desse ano, a Capital passou por uma das mais graves epidemias de dengue de sua história, e para que a situação não se repita nos próximos meses, a Prefeitura de Campo Grande deve lançar no dia 2 de dezembro uma nova campanha de combate ao mosquito, e com ajuda da Polícia Civil.
Entre as ações previstas, terá início a vistoria nas casas fechadas, que estão desocupadas e em residências cujo seus proprietários não permitiram a entrada de agentes de saúde ao longo do ano. Para a mobilização, a cidade será dividida em 68 microrregiões e nessas áreas, equipes do exército e prefeitura irão atuar em caráter preventivo. A campanha só deve chegar ao fim em junho do ano que vem.
O secretário de saúde do município, Ivandro Fonseca, adiantou que o plano foi decidida em reunião entre a Controladoria Geral da União (CGU), Ministério Público Estadual, Exército e Decat, mas ainda em caráter preventivo, e não de combate. O cenário em Campo Grande hoje é outro. “Fizemos ações de prevenção durante todo o ano, e isso não aconteceu em 2014. Por isso estamos em fase de prevenção, para não desencadear um novo surto”, explicou.
Desde o ano passado, a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista atua na campanha contra a dengue. Na época, pelo menos 20 mil imóveis estavam na mira da operação.
A delegada titular da delegacia, Roseli Molina, esclareceu que a Polícia Civil vai atuar principalmente nos casos em que os agentes sejam impedidos de realizar a vistoria, ou ainda, quando houver crime ambiental. “Quando o proprietário for omisso com a limpeza do seu terreno, vamos analisar a situação, e havendo crime ambiental, vamos responsabiliza-lo”. E completou: “Dengue é uma questão de saúde pública, e é uma questão de responsabilizar o proprietário que não cuida do seu terreno”.
Caso seja comprovado o crime ambiental, os donos dos imóveis serão notificados e podem ser multados com valores entre R$ 1800 a 7 mil, podendo custar o dobro em caso de reincidência. Além da notificação e da multa, o caso será encaminhado à Polícia Civil e os proprietários poderão responder judicialmente.
Apesar da preocupação com as casas fechadas, o foco da doença está principalmente nas residências ocupadas, percentual de 80%. Os terrenos baldios representa em torno de 4% dos focos.
Epidemia – A pouco menos de um mês do verão, época chave para a multiplicação do mosquito e consequentemente, de aumento de casos, devido as altas temperaturas somadas ao período de chuvas – cenário ideal para a reprodução do mosquito-, além disso, a preocupação foi triplicada em virtude dos novos vírus.
No ano passado, a saúde pública teve que enfrentar pela primeira a circulação de três tipos de vírus transmitidos pelo Aedes aegypti: dengue, febre Chikungunya e Zika vírus.
Mas Campo Grande parece não ter aprendido com a epidemia passada e, neste ano, a quantidade de casos voltou a crescer. De janeiro a novembro deste ano a Capital teve 28 mil notificações de dengue. O Zika Vírus deixou mais 4,5 mil de pessoas em estado de alerta, e atualmente há 492 gestantes em acompanhamento médico. Foram 243 casos de Chikungunya no período. Em 2015, já foram somados mais 9.448 casos de dengue em Campo Grande
Os números não superaram aos casos de 2013, quando foram registrados 44,6 mil notificações de dengue. Para se ter ideia da gravidade, eram registrados 124 casos por dia.
Prevenção – Segundo a Coordenadoria de Controle de Vetores do Estado, 89% da população tem conhecimento sobre o que é preciso fazer para eliminar os focos do Aedes, no entanto, apenas 20% concretiza o que é necessário.
Evitar o acúmulo de água parada por meio do controle mecânico ainda é a medida mais eficiente contra o mosquito, ressaltou Marcio Luiz de Oliveira, gerente do Programa de Controle de Vetores do Estado. “Não deixar que a água se acumule é ainda a forma mais eficiente para evitar a proliferação do mosquito que transmite doenças como a dengue, zika e chikungunya. Mas apenas parte da população faz o que precisa ser feito, apesar de ter conhecimento”.
Outras medidas são consideradas eficazes quando o mosquito já é adulto, como a instalação de telas em portas e janelas, o uso de repelentes corporais, inseticidas em spray ou ainda repelentes elétricos que prometem espantar esses insetos por até 10 ou 12 horas, segundo Marcio Luiz.
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