Chuva: córregos subiram 186%, casas foram alagadas e escolinha destruída
Temporal deixou rastro de destruição
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Temporal deixou rastro de destruição
O temporal da tarde da última quarta-feira (30), causou estragos por diversas regiões de Campo Grande. Os problemas foram de ruas alagadas, casas invadidas pela água e até asfalto levado pela enxurrada. Nos córregos Prosa e Segredo, o nível de água chegou a 2,12 metros durante as pancadas mais fortes de chuva. Depois, voltou para aproximadamente 74 centímetros, considerado o nível normal, segundo a Defesa Civil de Campo Grande.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, Walmir Barbosa, a chuva atingiu 66,75 milímetros nos bairros da região sul, da Capital, onde o índice pluviométrico foi o mais alto. Foram registrados dois pontos de alagamento: no Jardim Botafogo e Aero Rancho.
Conforme Barbosa, não houve ocorrência de destelhamentos e quedas de árvore. “A Defesa Civil ainda está fazendo um levantamento da chuva da onde e pelo que percebemos, os estragos foram menores do que em situações anteriores”, avalia.
Escolinha destruída
No Jardim Canguru, a chuva destruiu cerca de 300 livros da Escolinha Filho da Misericórdia, no loteamento para onde as famílias que viviam na Favela Cidade de Deus foram remanejadas.
A professora Edileuza Luiz diz que o projeto que funcionou por três anos na Cidade de Deus e está há três meses no local, atendendo 65 crianças.
“Perdemos cerca de 300 livros. Vamos precisar de doação de livros e também de material de construção, para construir a sala das crianças”, explica. Quem quiser ajudar o projeto, pode entrar em contato pelo telefone: 9 9322-0600. Doações de material de construção e lonas, são bem-vindas.
Pelo loteamento, os moradores dizem que a cada chuva, a preocupação aumenta. A dona de casa, Maria Aparecida Barbosa, diz que a água da chuva chega com muita força ao local. “Vem com muita força e inunda e tudo. A minha casa já foi inundada, mas, dessa vez, eu fiz uma barragem. É bastante complicado”, lamenta
Casa alagada
Na Rua Arlindo Lima, no Jardim Universitário, a costureira Elza Telles Cavalcante, mora com o filho de 23 anos, teve um muro derrubado e a casa inundada. “Sempre que chove é uma grande preocupação. Estou perdida, não sei o que fazer. Não tenho dinheiro para reconstruir esse muro e ficou preocupada, pois pode chover de novo. Hoje não fui nem trabalhar”.
A costureira diz que quando a chuva começou, estava trabalhando. Depois, viu que o muro dos fundos tinha sido derrubado. A água arrastou lixo para a casa de Elza, alagou o banheiro e molhou os móveis.
“Fiquei até duas horas limpando a casa. Construí o muro há seis meses, gastei R$ 2,5 mil e não tenho ideia do que fazer para construir outro”, lamenta. A costureira também pede ajuda e informações podem ser obtidas pele telefone 9 9213-6035.
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