Manifestantes são trabalhadores que protestam por falta de pagamento 

Aproximadamente 30 pessoas bloquearam na manhã desta quarta-feira (11) o quilômetro 682 da , próximo à , município distante 208 quilômetros de Campo Grande. Segundo o leitor do Jornal Midiamax, o bloqueio causou congestionamento na região, fazendo com que diversos motoristas 

De acordo com a (PRF) Polícia Rodoviária Federal o motivo do bloqueio ainda está sendo apurado, porém a CCR MSVia , concessionária que administra a rodovia, confirmou que a passagem está impedida nos dois sentidos, inclusive com alerta no site oficial.

O corretor de imóveis Fabio Faria, de 38 anos, informou que seguia para Pedro Gomes quando foi surpreendido pelo bloqueio. Segundo ele, a informação repassada no local é de que aproximadamente 30 pessoas, que seriam contra impeachment impediam a passagem pela pista, mas na verdade, são trabalhadores de uma cerãmica que protestam pela falta de pagamento de salários. 

A PRF disse que não tem confirmação de bloqueio em outras rodovias federais do Estado e equipes foram deslocadas para região de Rio Verde. 

Protesto

Empregados sem receber há dois meses, com 13º atrasado até agora, FGTS atrasado e sem condições mínimas como falta de equipamentos de segurança. Essa é a realidade dos funcionários da Cerâmica Fênix, localizada em Rio Verde de Mato Grosso – cidade a 208 quilômetros de Campo Grande.

Uma funcionária, que pediu para não ser identificada, diz que a situação é precária. Segundo ela, os problemas de falta de pagamento já extrapolou o limite de todos e há quem esteja passando fome. “Na minha casa a coisa está feia, mas tem colega que está sem ter o que comer. Tem gente que entra no RH (Recursos Humanos) e sai chorando, porque ouve mais uma vez que não tem dinheiro e não sabe o que fazer”, diz.

Ela ainda conta que a falta de equipamentos de segurança é regra. “Não tem equipamento de segurança, a gente trabalha do jeito que vem de casa”, diz.

A situação é tão complicada e os relatos contantes que o sindicato já havia tentado acordo, mas sem cumprimento das medidas estabelecidas entre trabalhadores e patronato, diz não ter visto outra saída senão o manifesto. Hoje a Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indús5trias da Construção e do Mobiliário de Campo Grande) fechou a entrada da cerâmica para que nenhum trabalhador pudesse entrar e aguarda ser recebida pelos patrões.

Presidente da Sintracom, José Abelha Neto, diz que já fez um dossiê com todos os problemas, relatando a situações, que chegam a ser análogas à escravidão, e encaminhou ao Ministério do Trabalho em Mato Grosso do Sul. Contudo, segundo ele, o órgão federativo apenas pediu documentos a empresa e não foi fazer uma vistoria. “A ação de hoje é também uma forma de chamar a atenção das autoridades para o caso”!, diz.

O Ministério do Trabalho em Mato Grosso do Sul informou que esta demanda não foi formalizada junto ao órgão e que, de imediato, não possui condições financeiras, nem disposição de pessoal, para se deslocar até Rio Verde. O auditor do trabalho e superintendente substituto do MTE, Leif Naas, explicou que o sindicato deve formalizar o pedido para que providências possam ser tomadas. O posicionamento, inclusive, já foi repassado para a PRF. Segundo o auditor, o Ministerio não recebeu nenhum documento oficial. (Matéria editada às 12 horas para acréscimo de informações)