Após três dias de espera, idoso consegue transferência para hospital

Quadro clínico é muito delicado 

Depois de esperar três dias por uma vaga em um hospital de Campo Grande, o aposentado Francisco Manoel da Silva, 72 anos, enfim conseguiu a transferência. O idoso foi levado na tarde deste domingo (7) para o Hospital Maria Rosa Pedrossian, porém, seu quadro é muito delicado. A transferência aconteceu, depois que o Jornal Midiamax relatou a dificuldade da família para conseguir atendimento adequado para o aposentado.

De acordo com Andrea dos Santos, sobrinha de Francisco, os órgãos do idoso estão comprometidos e já não desempenham suas funções de maneira eficiente. Agora, a família terá de decidir por entubá-lo, ou apenas continuar o tratamento à base de medicamentos e aguardar uma melhora em seu quadro clínico, o que segundo os médicos pode não acontecer.

A sobrinha lembra que relatos dos médicos apontam que o aposentado tem câncer em estado avançado. A doença teria se espalhado para o pulmão, rins, figado e ossos, porém, o resultado da biópsia, que daria mais detalhes da doença, está previsto para ser entregue apenas no próximo dia 16, além disso, Francisco também está com pneumonia.

Mesmo com as notícias desanimadoras, Andrea não atribui a culpa totalmente à demora da rede pública de saúde em prestar um atendimento adequado ao tio. “É claro que se a transferência viesse um pouco antes, talvez as coisas seriam diferentes, mas não quero ficar atribuindo culpas”, relata.

Espera

Depois de passar mal, Francisco Manoel foi levado em estado grave na sexta-feira (5), por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), para o CRS (Centro Regional de Saúde) do Aero Rancho, região sul da cidade.

Depois de receber o atendimento preliminar, mesmo apresentando quadro delicado, o idoso não conseguiu ser transferido para um hospital. O CRS Aero Rancho disse que todos os dias faziam pedido de vagas, mas a resposta da Central era de que não haviam leitos disponíveis nos hospitais da cidade.

Na manhã de hoje, a família chegou a entrar com uma ação na Defensoria Pública, solicitando um leito para Francisco.