Lentidão no processo e falta de consideração com o povo foram citados 

Em tempos de ebulição política no país e a cada dia um novo acontecimento ilustrando os sites da imprensa mundial, é comum resgatar a memória do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello em 1992 e elencar a diferença do ocorrido para o primeiro semestre de 2016. Muita coisa mudou politicamente, entretanto o que a maior parte da população concorda é que a situação atual se deu por conta da falta de respeito de quem governa o Brasil em relação ao povo.

O comerciante Francisco Dias, 62, comentou que acompanhou o caso Collor e que a diferença daquela época para hoje é que o ex-presidente permitiu que outros poderosos como PC Farias se intrometesse-se em seu mandado e já a Dilma Rousseff não. “ A presidente Dilma tinha a faca e o queijo na mão, todo o poder estava com ela, porém ela perdeu o controle e deu no que deu. A situação agora é muito mais crítica do que no tempo do Collor, ela é culpada, não tem mais como confiar no seu mandato”, afirmou.

Outra dessemelhança levantada pelo comerciante Antônio Pereira,55, foi que em 1992 o presidente caiu por conta da exigência do povo, e agora quem impõe o impeachment é a mídia. “Foi muito diferente, a mídia é responsável por ajudar o golpe.Sou contra isso, todos os políticos roubam, mas alguns ainda priorizam os mais pobres”, refletiu.

Segundo Ailton Doquines, 75, que também presenciou a movimentação dos caras-pintadas no anos 90, a demora em tirar a Dilma da presidência o incomoda. “Quando foi o Collor foi rápido, agora está essa lenga lenga com a Dilma. É uma falta de respeito com a população brasileira, isso já está virando piada, sai logo mulher”, desejou.