À espera de R$ 60 milhões, Bernal vai decretar ‘nova’ emergência

Recurso vai reparar rastro de destruição das chuvas

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, afirmou durante agenda pública na manhã desta sábado (26) que estima gasto de R$ 60 milhões para a recuperação de áreas atingidas pela chuva na Capital. Segundo Bernal, um decreto de emergência será lançado para que parte do recurso seja pleiteado junto aos governos federal e estadual.

Nesta manhã, o prefeito esteve em comitiva, junto com Amilton Cândido, responsável pela Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), vistoriando áreas destruídas pela chuva, como o trecho da Rua Ceará com a Avenida Ricardo Brandão, onde a força da água causou erosão que deixou o muro de contenção do córrego Prosa vulnerável a deslizamentos e, consequentemente, a destruição de uma das pistas da avenida – “uma tragédia”, conforme destacou Bernal.

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Não é a primeira vez que a Avenida Ricardo Brandão apresenta problemas graves. Em 2010, a via foi palco de um cenário de destruição quando o volume de água do córrego Prosa aumentou consideravelmente devido as chuvas e a força da enxurrada destruiu um trecho da via. Na época, o então prefeito, Nelsinho Trad (ex-PMDB, atual PTB) captou cerca de R$ 20 milhões junto ao Ministério da Integração Nacional. A verba foi utilizada para toda a requalificação do sistema de drenagem em trecho desde a Via Parque até a Ricardo Brandão, com a construção de piscina de contenção, taludes e paredes de sustentação, recapeamento asfáltico da Rua Ceará e construção das alças de acesso da mesma via.

Segundo Bernal, há, em princípio, problemas com essas obras executadas. “A gente tem monitorado constantemente essas obras e vemos que os problemas acontecem sempre nos mesmos locais, e sempre onde foram investidas somas altíssimas. É claro que isso precisa de uma avaliação técnica um pouco mais apurada, mas, inicialmente, tanto o secretário de obras como os outros técnicos que visitam os locais destacam que com todo o volume de recursos investidos os problemas não deveriam voltar a acontecer, a não ser que fosse um dilúvio. E por mais que as últimas chuvas tenham sido fortes, elas não foram maiores que a dos outros anos que o mesmo problema aconteceu”, concluiu.