Solurb diz que reabertura do lixão depende de autorização da Prefeitura

Prefeitura ainda não se pronunciou oficialmente

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Prefeitura ainda não se pronunciou oficialmente

A CG Solurb, empresa responsável pela coleta e tratamento de lixo em Campo Grande disse que a reabertura do aterro sanitário para a população, depende de declaração de autorização da Prefeitura, sendo ela a única responsável por qualquer dano ao meio ambiante, causado por eventuais descargas de resíduos radioativos, hospitalares ou químicos.

Na tarde desta teça-feira (15) as entradas do aterro sanitário Dom Antônio foram fechadas por funcionários da Solurb, barrando quem tentou descarregar os lixos que estão acumulando na cidade desde o dia 9, quando os funcionários da empresa declararam greve por falta de pagamento.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax esteve no local e acompanhou vários veículos, incluindo caçambas que foram contratadas por condomínios para retirar o lixo temporariamente, despejando lixo na frente do local, por não conseguir entrar na área destinada a descarregamento dos resíduos. “Estão impedindo a gente de trabalhar e a população está despejando o lixo ali no chão, olha o que virou”, disse o porta voz dos catadores Luiz Berrocal.

Por medo de represálias e confusão, a Guarda Municipal foi enviada e está no local, com sete viaturas e mais de trinta homens. Conforme relatado por comandante da Guarda, a ordem é aguardar documentação da Prefeitura para liberar a entrada de caminhões no local.

A Prefeitura ainda não se posicionou sobre o assunto, mas em entrevista ao Jornal Midiamax, o prefeito Alcides Bernal disse que foi notificado do fechamento dos portões por volta das 14 horas de hoje e que estava revoltado com a atitude da empresa. “Acabo de receber informações de que a Solurb trancou a entrada do Aterro sanitário e estão barrando qualquer cidadão que tente jogar seu lixo. Então isso é mais do que um problema político, é uma questão de saúde pública”.

Bernal ainda lembrou que a empresa está descumprindo com o contrato. “Você não pode paralisar o serviço essencial sem cumprir formalidades. Tem que haver notificação com a devida antecedência, tem que ter motivo real com amparo legal. E não da para dizer que não tem dinheiro. O contrato começou com R$ 1,3 bilhões, e passou logo após o meu afastamento da Prefeitura, para R$ 2,7 bilhões. È uma empresa que faturou R$ 200 milhões deste o final do mandato do Nelsinho até o final de 2014 e em 2015 já recebeu R$ 56 milhões”.

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