A paralisação já dura 96 dias

Com uma das greve mais longas, a última foi em 2012 quando os docentes paralisaram por 90 dias, a categoria deve fazer uma manifestação nesta quarta-feira (23), no MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão), em Brasília.

“Protocolamos o pedido de reajuste de 19,7% para 2016, mas não obtivemos nenhuma resposta do governo federal, que ofereceu apenas 5,5% para agosto de 2016”, fala Marco Aurélio, diretor financeiro da Adufms (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

O novo calendário acadêmico para os campi e cursos que não estão paralisados foi divulgado na última semana pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). De acordo com Marco Aurélio, os campi de Aquidauana, Corumbá, Três Lagoas estão totalmente paralisados e sem calendário acadêmico.

Já os campi de Ponta Porã e Campo Grande estão funcionando parcialmente, e alguns cursos já tem o novo calendário. “Agora estamos esperando o governo federal chamar para uma reunião, já que além de concordar com o reajuste, também não concordamos com o cancelamento de novos concursos”, explica.

Greve

A greve dos docentes da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) teve início no dia 15 de junho. A paralisação deixou sem aulas 17 mil acadêmicos, sendo oito mil só em Campo Grande. Mato Grosso do Sul tem oito campi, Nova Andradina, Coxim, Ponta Porã, Aquidauana, Chapadão do Sul, Paranaíba, Três Lagoas e Naviraí.

Os profissionais reivindicavam um reajuste de 27% e reestruturação da carreira com progressão funcional entre um nível profissional e outro. Mas, depois de várias reuniões no MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão), em Brasília, a categoria apresentou nova proposta de 19,7%, que não foi analisada pelo governo federal. Atualmente o salário de professores, graduados inicialmente para 20 horas aulas, é de R$ 2.080,00, mestres R$ 4 mil e doutores R$ 8.600.