Sem dinheiro, Santa Casa da Capital convive com irregularidades sanitárias

Hospital espera verba para consertar prédio

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Hospital espera verba para consertar prédio

A Santa Casa de Campo Grande, considerado o maior hospital de Mato Grosso do Sul, alega não ter verba disponível para se adequar às exigências da vigilância sanitária, principalmente no que se refere às mudanças na estrutura do prédio e condições dos setores.

Ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul, inclusive, a diretoria da Santa Casa, alegou que aguarda a liberação de R$ 12 milhões do Ministério da Saúde para resolver os problemas de infraestrutura do hospital,mesmo tendo uma receita mensal milionária. 

Além de esperar pelo aporte do governo, a Santa Casa pena ainda com a falta de contratualização com a Prefeitura, que pode balançar a situação financeira com fornecedores do hospital e acarretar em atraso no pagamento dos funcionários.

Em constantes fiscalizações, a equipe da vigilância, verificou, por exemplo: infiltrações no teto com formação de mofo, pisos e revestimentos danificados, macas e berços enferrujados, banheiros sem barra de segurança para pacientes, portas inadequadas, áreas sem ventilação entre outras irregularidades que prejudicam tanto os pacientes quanto aos trabalhadores das unidade.

Muitas rondas da vigilância, inclusive, consideraram como insatisfatórias as condições de alguns departamentos do hospital, citando ainda que algumas áreas podem estar sujeitas a interdição.

A promotora de Justiça do MP-MS, Daniela Cristina Guiotti, instaurou Inquérito Civil para fiscalizar se o hospital tem feito as últimas recomendações pontuadas pela equipe de vigilância e acompanha o caso. Estima-se que até setembro a fiscalização vá novamente ao hospital para ver se as irregularidades destacadas em outros relatórios foram alteradas.

As recomendações da vigilância, identificam as situações que não estão adequadas em nível I (grau não crítico ou pouco crítico), nível II (grau menos crítico e nível III (grau crítico).

De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, o relatório tem 380 recomendações, sendo que a Santa Casa  resolveu os itens de nível III e irá atender outros de menor gravidade, assim que a verba da União estiver no caixa da instituição. Atualmente a Santa Casa de Campo Grande  mantém 3 mil funcionários e recebe do SUS (Sistema Único de Saúde) aproximadamente R$ 15.873.497.

Conteúdos relacionados