Secretário considera greve dos médicos ilegal e diz que Justiça será acionada

Segundo Jamal, 99% do acordo com médicos foi cumprido  

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Segundo Jamal, 99% do acordo com médicos foi cumprido
 

O chefe da Sesau (Secretario Municipal de Saúde Pública), Jamal Salém, disse que considera a greve dos médicos, deflagrada no sábado (19), ilegal e que a Procuradoria-geral do Município acionará a Justiça contra o ato da categoria. Na análise do secretário, não há motivos para os médicos pararem as atividades.

“Nós cumprimos 99% de tudo o que foi combinado lá atrás, a questão do escalonamento que causou a indignação dos médicos, mas todos já foram pagos até ontem”, comentou.

No intuito de barrar a greve da categoria, a Prefeitura diz ter adiantado o pagamentos de 60% dos médicos da rede municipal de saúde no sábado. Os demais profissionais, em torno de 359, receberam os pagamento nessa terça-feira. Segundo o Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), os médicos estão conferindo se houve o depósito.

No entanto, apesar de o Executivo ter interrompido o escalonamento salarial dos servidores municipais e ter pago os vencimentos dos profissionais, o sindicato afirma que continuará com a greve

pois ainda há pontos para serem cumpridos pela Prefeitura, como nova definição da data base da categoria, plantões e oficialização do retorno das gratificações.

“Tem vários pontos ainda, não é só a questão do pagamento dos salários”, pontuou Valdir Siroma, presidente do Sinmed-MS.

Quanto a data base Jamal garante, por exemplo, que ainda há tempo de discutirem a data-base, pois foi combinado de debatê-la em agosto. “O mês ainda não acabou”, disse.

Greve

Com a paralisação, apenas 30% do efetivo deve manter os trabalhos nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde). Durante a greve os médicos cumprem carga horária de trabalho dentro das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) porém, realizam apenas atendimentos de urgência e emergência.

Atualmente a rede municipal de saúde conta com 1.200 médicos. Os profissionais recebem R$ 2.580,00 para cumprir jornada de 20 horas semanais. Esta é a segunda paralisação deflagrada pela categoria apenas em 2015. No primeiro semestre deste ano, os médicos ficaram em greve por 18 dias.

 

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