Espera pode passar de cinco horas nos postos de saúde

Reclamação recorrente da demora por atendimento de pacientes, que procuram atendimentos nos postos de saúde de Campo Grande, agora com a retomada da greve pelos médicos pode durar mais que cinco horas.

A recepcionista Cíntia Lopes de Souza, de 29 anos, estava desde as 6h30 esperando para ser atendida, na UPA do Coronel Antonino. “Estou com dor, com suspeita de dengue e me disseram que vai demorar por que os médicos estão em greve”, diz.

“Meu filho está aqui desde as 7 horas da manhã, quando passou mal no serviço, e já faz duas horas que está aguardando para ser atendido”, fala Valdirene Cristina Cardoso, de 42 anos.

A dona de casa, Maria Aparecida, de 38 anos reclama da demora. “Nós que sofremos esperando para ser atendido, e agora pior por que não tem médico”, fala a dona de casa que explica que desde as 6h20 espera atendimento.

Na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida, os pacientes que buscam atendimento são informados da greve e orientados, segundo a gerente da unidade, Dirce Dominoni. “Estamos informando que o atendimento está demorado, e fica a critério do paciente esperar ou não”, ressalta Dirce que explica que pacientes a espera pode passar de 4 horas para atendimentos não emergenciais.

Greve

A greve foi deflagrada pela categoria na última quarta-feira (6), quando as gratificações dos profissionais foram cortadas pela Prefeitura. De acordo com o presidente do Sinmed/MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Valdir Siroma, o acordo entre e Prefeitura e o sindicato não foi cumprido.

“Em reunião ficou acordado que seria publicado no Diário Oficial, na quarta-feira (13), a volta das gratificações o que não foi feito, por isso, voltamos com a greve”, afirma Siroma que explica que ainda vão tentar negociar com a Prefeitura.