Reposição de aulas irrita pais e provoca até agressão em professora
Registro da ocorrência foi feito na Casa da Mulher Brasileira
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Registro da ocorrência foi feito na Casa da Mulher Brasileira
Com a reposição das aulas aos alunos das escolas municipais de Campo Grande depois do fim da greve dos professores, no dia 27 de agosto, muitos pais estão recebendo comunicados sobre o quinto tempo implantado, o que tem gerado insatisfação. Esta insatisfação acabou virando agressão física a uma professora da Escola Nagen Jorge Saad, no Bairro Tijuca, região sudoeste de Campo Grande. Luciane Fortes professora do 4º ano da escola municipal foi agredida no fim da manhã desta sexta-feira (4) por um pai de aluno.
De acordo com Luciane, que é professora há 17 anos esta atitude foi desproporcional já que a todo momento ela relata ter sido cordial. “Fiquei muito assustada, o pai me pegou pelo braço com força e me empurrou contra a lousa na frente de todos os alunos”, diz a professora.
Luciane ainda fala que explicou ao pai que era necessário que ele pedisse autorização a direção da escola para a retirada da filha da sala de aula. “Precisamos ter um controle dos alunos, e ele não entendeu. Disse que a autoridade máxima era ele, e depois de me empurrar contra a lousa pegou a filha pelo braço e saiu arrastando-a”, fala.
A reação das crianças em sala de aula foi de medo, segundo a professora. “Mesmo muito assustada com tudo tive de manter a calma por causa dos alunos, que não estavam entendendo o que estava acontecendo”, explica.
Luciane Fortes fez um registro da ocorrência da agressão na Casa da Mulher Brasileira. O presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Gonçalves, disse que as escolas receberam no dia 30 de junho um comunicado sobre a possível reposição com a implantação do quinto tempo, e que as escolas depois de conversarem com os professores decidiram pela implantação para não prejudicar o calendário escolar das crianças. “Este tipo de atitude é reprovável, a melhor solução é o diálogo”, fala.
A delegada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Rosely Molina, explicou que será instaurado um inquérito policial, que tem um prazo de 30 dias para conclusão para apurar as circunstâncias. “O autor pode ser enquadrado por agressão física e ser responsabilizado por o cometimento de um delito”, explica.
Muitas reclamações com a implantação do quinto nas escolas para reposição das aulas tem chegado à redação do Jornal Midiamax. A reclamação seria a dificuldade na hora de buscar os filhos por causa do quinto tempo que começa as 11h10 e termina ao 12h10. Em contato com a Semed (Secretaria Municipal de Educação), foi informado que a secretaria desconhece estas reclamações, mas que todas as escolas foram informadas da reposição das aulas depois de 53 dias de greve dos professores.
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