Prefeitura retoma equipamentos e terrenos doados a empresas incentivadas
Sedesc também fará auditoria em contratos do Prodes
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Sedesc também fará auditoria em contratos do Prodes
O Ouvidor Geral da Prefeitura Municipal de Campo Grande, Valmir Messias de Moura Fé, confirmou nesta sexta-feira (13) que está auxiliando algumas pastas a retomar equipamentos e até terrenos cedidos a empresas, mas que estavam com utilização incompatível da destinação original.
Em seu perfil no Facebook, o ouvidor afirmou que um trator foi recuperado após denúncia de que o equipamento estava sendo utilizado para fins escusos. “Trator ‘repatriado’ à Prefeitura de Campo Grande. Estava na posse irregular com uma pessoa em Anhanduí. Bem público é para uso em comum da população. Continuaremos…”, escreveu na rede social no última quinta-feira (12).
Nesta tarde, o ouvidor ironizou uma mulher beneficiada pelo Prodes (Programa de Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande) com a doação de um terreno para incubadoras municipais na região do Zé Pereira. Segundo Moura Fé, após o desmonte da empresa, o terreno se tornou depósito. Na publicação, ele escreveu que poderia até acionar a justiça para reaver a área doada. A postagem foi posteriormente deletada.
Por telefone, o ouvidor explicou ao Jornal Midiamax que a situação foi resolvida. “Essa senhora foi beneficiada com um terreno para desenvolver uma incubadora, mas abandonou o projeto e estava usando o terreno como depósito particular. É uma situação errada, porque o terreno é público. Então, mesmo ela não querendo devolver o lote, nós conversamos com ela, que se comprometeu a entregar o terreno limpo na próxima segunda-feira de manha”, explicou.
Contratos revistos
O ouvidor também destacou que há uma série de demandas para recuperar terrenos doados por meio do Prodes. Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura confirmou que a titular da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Ciência e Tecnologia e Agronegócio), Dharleng Campos de Oliveira, ordenou uma auditoria de todos os termos de doação dos terrenos dentro do programa.
“A Sedesc está fazendo um levantamento completo da situação dos empreendimentos que receberam benefícios previstos no Prodes: tempo que teriam para se instalar, geração de empregos prevista, entre outros itens. Com os dados em mãos, conhecer essa realidade e, se houver necessidade, rever os benefícios concedidos.”, traz a nota.
Prodes
Segundo a publicação ‘Índices de Desenvolvimento Econômico de Campo Grande’, elaborado pela Sedesc em março de 2015, o número de empresas ativas na cidade alcançou os 71 mil em 2013 (63 micro, pequenas e médias empresas – MPEs), durante a primeira gestão de Alcides Bernal (PP) e 80 mil em 2014 (71 MPEs), durante a gestão de Gilmar Olarte (PP). De 2012 para 2013, foram criadas 8 mil empresas e de 2013 a 2014 foram 9 mil.
Já a criação de empregos é retratada como oscilante. Em 2010, durante o governo de Nelson Trad Filho (na época PMDB, atualmente PTB), foram criados cerca de 28 mil vagas com carteira assinada. No primeiro ano de Bernal, 2013, foram criadas 24.224 vagas. Em 2014, com Olarte, apenas 2.128 postos de trabalho foram proporcionadas.
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