Prefeitura diz que greve agride sociedade e pede volta às aulas

Manifestações estariam atrapalhando trânsito e pacientes

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Manifestações estariam atrapalhando trânsito e pacientes

Em seu portal a Prefeitura de Campo Grande publicou uma nota, nesta quinta-feira (24), pedindo que os professores respeitem a sociedade, já que as manifestações feitas pela categoria estão próximas a hospitais, maternidades e ao Instituto dos Cegos, na Rua 25 de Dezembro, atrapalhando não só o trânsito, mas causando transtornos para pacientes, devido ao barulho feito por carros de som, megafones e apitos.

A nota ainda ressalta que a greve tem prejudicado os 100 mil alunos, e que a Prefeitura tem mantido o diálogo aberto com a ACP (Sindicato dos Profissionais da Educação Pública de Campo Grande), com objetivo de dar fim à greve, mas que devido à intransigência do sindicato uma ação foi impetrada no dia 22 de maio contra a greve, que teve liminar concedida no dia 27 ordenando a volta de 66% da categoria.

Segundo a nota a Prefeitura espera o cumprimento integral da liminar para que as aulas voltem a sua normalidade. O executivo municipal no fim da nota ainda pede a volta dos professores que mantêm a greve para que as negociações entre a Prefeitura e o sindicato possam ter continuidade.

Confira a nota na íntegra:

A Prefeitura Municipal de Campo Grande tem mantido aberto o diálogo com o Sindicato dos Profissionais da Educação Pública de Campo Grande (ACP) com o objetivo de dar um fim à greve que dura mais de um mês e prejudica parte dos 100 mil alunos da Rede Municipal de Ensino (Reme).

A paralisação, no entanto, não prejudica apenas aos alunos. Há alguns dias, um grupo de professores que abusam do direito de greve têm promovido o bloqueio de ruas e “bunizaços”. O uso de carros de som, autofalantes, megafones, apitos e gritos de ordem nas proximidades da Maternidade Cândido Mariano, Hospital Adventista do Pênfigo, Hospital El Kadri, Hospital da Criança, do Berçário Mil Contos, do Instituto Sul Matogrossense para Cegos Florivaldo Vargas e de uma das unidades do Sesc (Serviço Social do Comércio) agride diretamente aos cidadãos campo-grandenses.

Diante da intransigência do sindicato – cuja postura não representa a totalidade do pensamento dos professores da Reme – a Prefeitura, por meio de sua Procuradoria Jurídica (Proju), entrou com ação no dia 22 de maio contra a greve, que teve liminar concedida no dia 27 do mesmo mês ordenando a volta imediata de 66% dos grevistas ao trabalho, além de multa. A Prefeitura está aguardando o cumprimento integral da liminar no intuito de que o sistema educacional no município volte a sua normalidade.

A Prefeitura Municipal de Campo Grande espera que os professores que ainda mantêm a paralisação voltem ao trabalho imediatamente para que o clima de normalidade que sempre grassou na Rede Municipal de Ensino seja reafirmado e as legítimas negociações entre o executivo municipal e a ACP possam ter continuidade.

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