Prefeitura declara epidemia de dengue e planeja três hospitais de campanha

São mais de 7,3 mil notificações em 2015

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São mais de 7,3 mil notificações em 2015

A Prefeitura de Campo Grande confirmou que a cidade está passando por uma nova epidemia de dengue, um pouco mais amena do que a vivida em 2013, quando 46.370 casos foram notificados, e 12 pessoas morreram, mas de igual importância, visto que neste ano, já foram registrados três óbitos e 7.359 casos suspeitos, e que o fluxo maior de registros têm acontecido de novembro para cá.

Conforme o secretário de Saúde do município, medidas emergenciais para conter a proliferação do agente transmissor, Aedes Aegypti, foram adotadas há pelo menos dois meses, e três hospitais de campanha estão sendo montados em unidades de saúde da cidade, para auxiliar no tratamento dos pacientes. “Estamos implantando um hospital de campanha nas unidades do Vila Almeida, Universitário e Coophavila, com abertura de 20 novos leitos em cada unidade, para hidratação via venosa”, explicou Ivandro Fonseca.

O secretário também admitiu a superlotação das unidades de saúde, explicando que o problema começou com a demissão de 300 médicos, durante o ex-governo, e que até o momento apenas 80 foram recontratados. “Nós estamos com um processo seletivo aberto desde outubro, e já contratamos 80 profissionais. Agora o prefeito autorizou mais 100”, destacou.

Ainda sobre a dengue o secretário explicou que a epidemia é declarada quando as notificações ultrapassam o linear endêmico, ou seja, quanto o índice de infestação ultrapassa os limites considerados toleráveis para cada região. “Muitos pacientes que procuram nossas unidades de saúde, não estão se atentando que o perigo está dentro do seu próprio quintal”, reforçou.

De janeiro a 3 de dezembro de 2015 foram registrados 7.359 casos, sendo confirmados 3.819. Cinco pacientes contraíram o tipo mais grave da dengue, e três pessoas morreram por causa da doença.

Em 2013, quando uma epidemia deixou 12 mortes, 8.982 casos foram confirmados, sendo 89 do tipo hemorrágico. Quase 50% (23.422) das notificações aconteceu no mês de janeiro. Já nos meses de novembro e dezembro, foram registrados 266 e 63 casos, consecutivamente.

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