Prefeito fala em armação e que vídeo de falso tapa-buraco é sensacionalista

Prefeitura afirma que Selco foi notificada e que ainda não respondeu sobre o flagrante

Depois de passar o dia evitando contato com a reportagem do Jornal Midiamax, o prefeito Gilmar Olarte (PP) afirmou, durante posse do novo presidente do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que acredita em ‘armação’ de adversários políticos nos vídeos divulgados que mostram funcionários de empreiteiras à serviço da Prefeitura realizando o serviço de tapa-buraco em ruas sem buracos.

 “Havia uma deteriorização do asfalto no local (Jardim Veraneio) e o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) deve dar um laudo sobre isso  (o serviço no local). Foi feito um sensacionalismo em torno dessa situação”, disparou Olarte, que mesmo diante da grande quantidades de denúncias sobre irregularidades no serviço de tapa-buracos ainda demonstra dúvida quanto ao problema. 

Já o secretário de obras, Valtemir Brito, o Kako, afirmou que a escolha dos locais que recebem o serviço de tapa-buraco é feita com base na demanda solicitada pelos munícipes e pela Câmara Municipal, e mesmo sem dar detalhes disse que o trabalho é fiscalizado. “Existe um técnico habilitado para fazer a fiscalização (do serviço)”, limitou-se a dizer.

Brito revelou ainda que agora a prefeitura vai “esperar um período de estiagem para poder tapar os buracos abertos”, o que não foi feito até hoje, uma vez que os dois vídeos divulgados pelo Jornal Midiamax foram feitos nos últimos sete dias, nos quais choveu consideravelmente em Campo Grande.

Mais cedo, durante entrevista ao programa ‘O Povo na TV’, o prefeito havia dito que tinha informações policiais sobre a suposta armação. “Há interesse em barrar a ascensão do prefeito Gilmar Olarte, mas não vão conseguir fazer isso”, disse.

A pouco, ele negou que a prefeitura tenha procurado a polícia sobre o caso, e afirmou que quem o fez foram os operários flagrados no vídeo. Questionado se seria correto e necessário realizar o serviço de tapa-buraco em uma rachadura no asfalto, como disse o funcionário da empresa demitido depois do flagrante, olarte foi taxativo.  “É melhor prevenir”, finalizou.