População desconfia de fumacê usado para combater dengue

Sesau confirma que substituiu o produto e alega que eficácia é a mesma

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Sesau confirma que substituiu o produto e alega que eficácia é a mesma

Moradores do Jardim Pananá, na região oeste de Campo Grande, desconfiam do produto químico presente no fumacê utilizado para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), confirma que houve uma substituição.

Segundo relatos de leitores do Jornal Midiamax, que preferiram não se identificar, a impressão é de que ao invés de produtos químicos, as equipes responsáveis pela borrifação estejam utilizando água. “Não tem mais aquele cheiro característico do produto, parece que é água e não funciona”, diz uma moradora.

A assessoria de comunicação da Sesau confirma que os produtos foram substituídos pelo “lambda cialotrina”, no entanto não soube explicar o motivo da alteração e orientou a reportagem a entrar em contato com o chefe do setor de Controle de Vetores e da Vigilância em Saúde, Alcides Ferreira, no entanto, até o fechamento deste texto, ele não atendeu às ligações.

A Sesau explica que apesar da mudança, “a população pode ficar tranquila” e destaca que “o produto tem a mesma eficácia que o outro utilizado anteriormente”. Segundo Dirce Fermino Stroppa Dominoni, gerente da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida, localizada no mesmo bairro, onde os moradores fizeram as reclamações, nos últimos oito dias, o fluxo de atendimento por conta de suspeitas da dengue triplicou.

Conforme os dados divulgados pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica da Sesau, desde o início do ano, 1.290 casos de dengue foram notificados em Campo Grande, destes 317 apenas em março.

O número de notificações registradas de janeiro a março deste ano, representa 32% do total em 2014, quando houve 4.301 suspeitas. A assessoria de comunicação da Sesau alerta sobre a quantidade de notificações e não descarta risco de epidemia.

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