Passageiros reclamam do transporte coletivo: ‘muito caro e péssimo’

Serviço caótico tem uma das tarifas mais caras do Brasil e má qualidade revolta passageiros

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Serviço caótico tem uma das tarifas mais caras do Brasil e má qualidade revolta passageiros

Caro e péssimo

Apesar de pagar uma das mais caras tarifas do país, os usuários do transporte coletivo de Campo Grande enfrentam problemas como a lotação e demora dos ônibus, além de terminais abandonados que oferecem péssimo serviço. Os banheiros continuam sujos, com paredes pichadas, sem portas, sem iluminação e fétidos. Nas áreas de transbordo, bebedouros não funcionam e ambulantes disputam espaço com os passageiros e muamba de todo tipo.

‘As pessoas parecem verdadeiras sardinhas enlatadas’, compara Ludilene Araújo, de 39 anos. Ela, assim como a maioria dos usuários, acha um absurdo o preço da passagem, que atingiu R$ 3,00. “É muito caro, e o serviço oferecido é péssimo, uma das passagens mais caras do país para a gente ir assim desse jeito”, reclama a zeladora que depende do transporte público para chegar ao trabalho.

Outra usuária descontente com os serviços oferecidos pelo Consórcio Guaicurus, que administra o transporte Público de Campo Grande é a aposentada Nilce Maria, de 62 anos “É um absurdo, superlotado, hoje ainda consegui sentar, mas geralmente não consigo. Se o valor pago fosse para ter um serviço bom, não me importaria. Mas, não é a realidade”, avalia.

‘Embalado a vácuo’

“É muito caro, o serviço é péssimo, nos terminais nem se fala, está tudo abandonado”, ressalta Sérgio Araújo, de 54 anos. A doméstica Marilei Gamarra, de 54 anos reclama da lotação dos ônibus e dos poucos veículos em horário de pico disponível para os usuários “É impossível andar no ônibus no horário dos estudantes, temos que perder a primeira condução e esperar outra que demora demais, e mesmo assim vamos ‘embalados a vácuo’ de tanta gente”, diz a doméstica.

A maioria dos terminais de transbordo da Capital estão com banheiros em péssimas condições, sujos, sem portas, e vandalizados. No terminal General Osório, o bebedouro é enfeite que toma espaço no já lotado corredor, porque não existe água. Além disso, a sujeira e as goteiras no terminal são alvo de muitas críticas pelos usuários.

O serviço de transporte da cidade é feito por um consórcio formado por quatro empresas: Viação São Francisco, Jaguar, Cidade Morena, e Viação Campo Grande. Oficialmente a informação é de que a frota disponibilizada para atender a população é de 575 ônibus. Muitos passageiros duvidam e reclamam da qualidade dos carros. Mesmo assim, segundo a assessoria do consórcio, todos passam por manutenção diária preventiva.

O consórcio ganhou a concessão para explorar os serviços de transporte público de Campo Grande por 20 anos em contrato assinado bem no final da gestão de Nelsinho Trad. E levam a sério o conceito de ‘explorar’, pois a previsão de lucros no período contratual é de R$ 3,4 bilhões.

 

575 ônibus


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