MPE vai debater o Tráfico de Mulheres e Feminicídio em Campo Grande

Evento será realizado nos dias 28 e 29 no Auditório da Procuradoria-Geral de Justiça

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Evento será realizado nos dias 28 e 29 no Auditório da Procuradoria-Geral de Justiça

O MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), por meio 67ª Promotoria de Justiça de Direitos Humanos de Campo Grande, realiza nos dias 28 e 29 evento denominado “Tráfico de Mulheres e Feminicídio”, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, no Parque dos Poderes, em Campo Grande. A abertura do evento será feita pelo Procurador-Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, Humberto Brittes.

O evento será aberto às 19h30 com a palestra do Promotor de Justiça do I Tribunal do Júri da Comarca de São Paulo Fábio Ramazzini Bechara, que falará sobre o “Ministério Público e Tráfico de Pessoas”. A palestra será seguida com debates. A mesa será composta pelo Procurador-Geral de Justiça e pelo Procurador-Geral Adjunto de Justiça de Gestão e Planejamento Institucional, Paulo Cezar dos Passos.

No dia 29, os trabalhos recomeçam às 8h15 pela Promotora de Justiça de Direitos Humanos, Jaceguara Dantas da Silva Passos, compondo a mesa. Na oportunidade, Lucicleia Souza e Silva Rollemberg, Coordenadora Adjunta de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Ministério da Justiça, falará sobre “A Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas no Brasil e seus Desafios”, seguido de debates.

A segunda palestra, às 9h50, será proferida pelo psicólogo Antonio José Ângelo Motti, Coordenador do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de Mato Grosso do Sul, que abordará o “Plano Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas”. Haverá debate em seguida sobre o tema. A mesa será composta pela Promotora de Justiça Criminal de Campo Grande, Renata Ruth Fernandes Goya Marinho.

A terceira palestra dessa manhã será sobre o tema “Entre a Inexistência e a Atenção Integral às Pessoas em Situação de Tráfico”, a ser proferida pela assistente social Estela Márcia Rondina Scandola, do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de Mato Grosso do Sul . Os debates começam logo a seguir com previsão de encerramento às 11h30.

No período da tarde, a partir das 13h30, a socióloga Wania Pasinato, consultora sobre Acesso à Justiça da ONU Mulheres, falará sobre “Feminicídios e as Mortes Violentas de Mulheres em Razão de Gênero”. A mesa será composta pela Promotora de Justiça no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Campo Grande, Luciana do Amaral Rabelo.

A última palestra do evento, a partir das 15h, será proferida pelo Promotor de Justiça no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Dourados, Izonildo Gonçalves Junior, que falará sobre “Feminicídio”. A mesa será composta pela Promotora de Justiça no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Campo Grande, Helen Neves Dutra da Silva. O encerramento do evento está previsto para as 16h45.

Feminicídio

O feminicídio é caracterizado quando a mulher é assassinada justamente pelo fato de ser mulher. A lei de número 13.104/2015 altera o Código Penal para prever o feminicídio como um tipo de homicídio qualificado e incluí-lo no rol dos crimes hediondos. Na prática, isso quer dizer que casos de violência doméstica e familiar ou menosprezo e discriminação contra a condição de mulher passam a ser vistos como qualificadores do crime. Os homicídios qualificados têm pena que vai de 12 a 30 anos, enquanto os homicídios simples preveem reclusão de 6 a 12 anos.

Os crimes hediondos, por sua vez, são aqueles considerados de extrema gravidade e que, por isso, recebem um tratamento mais severo por parte da justiça. Eles são inafiançáveis e não podem ter a pena reduzida, por exemplo.

A lei pontua também alguns agravantes, que podem aumentar o tempo da pena em 1/3, são eles: feminicídio ocorrido durante a gestação ou nos três meses posteriores ao parto; feminicídio contra menor de 14 anos, maior de 60 anos ou pessoa com deficiência; e feminicídio na presença de descendente ou ascendente da vítima.

(Com informações do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul)

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