Motoristas ignoram riscos e circulam com carros utilizando GNV irregular
Detran não tem estatística de instalação irregular e destaca necessidade de rigor na fiscalização
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Detran não tem estatística de instalação irregular e destaca necessidade de rigor na fiscalização
Em Mato Grosso do Sul mais de 5,6 mil veículos são abastecidos com GNV (Gás Natural Veicular), a maioria em Campo Grande com 4.531, no entanto, o chefe de Controle de Veículo do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), Rui Barbosa de Souza, reconhece que o número pode ser ainda maior considerando as instalações irregulares.
Segundo ele, não há como estimar a quantidade de veículos circulando sem autorização. “Não temos como especificar a quantidade de veículos irregular, mas é sabido que existem muitos e isso deveria, em tese, ser detectado pelos agentes e polícia de trânsito. O condutor se fosse consciente procuraria andar legalmente, mas infelizmente as coisas nem sempre acontecem dessa maneira”, declara.
O Detran-MS estabelece várias regras para a utilização do GNV a fim de evitar os riscos provocados por instalações irregulares, mas muitos condutores ignoram as normas. Na tarde desse domingo (10), um veículo Gol explodiu durante o abastecimento. De acordo com o Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança), o cilindro de gás do carro não era o especificado para automotores e sim para botijões de cozinha, o que teria provocado à explosão.
O chefe de Controle de Veículo do Detran-MS destaca que os postos de combustível que fornecem o abastecimento a gás, também poderiam contribuir na fiscalização. “Quando a instalação é feita de forma adequada, são emitidos o certificado de segurança veicular e o selo. Os frentistas deveriam verificar a presença desse selo. Este é um trabalho que tem responsabilidade compartilhada e se uma das partes falha, acaba favorecendo a circulação ilegal”, afirma.
O engenheiro mecânico, Albino Schunke, confirma que o que leva o condutor a optar pela instalação irregular é o valor oferecido por empresas que não são credenciadas pelo Detran e não têm homologação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
“As empresas credenciadas cobram R$ 2 mil no cilindro, mas tem kits sendo vendidos por R$ 500,00 mais uns R$ 200,00 para instalação. Com essa diferença algumas pessoas acham que têm vantagem, mas ao longo do tempo percebem que não”, ressalta.
Apesar da economia de mais de 50% adquirida com o uso do GNV, o engenheiro mecânico diz que o Estado é o único com maior número de retiradas do cilindro. “Mato Grosso do Sul é o único onde o número de retiradas é maior que o de instalações. Deveria haver algum incentivo para quem utiliza o GNV que é um combustível muito menos poluente se comparado ao petróleo que emite quantidade maior de metano”, explica.
As vantagens e desvantagens em relação ao uso do GNV ainda dividem as opiniões dos condutores. O marceneiro, Augusto Vilalba, tem um carro a gás e recomenda a instalação. “Meu cilindro é de 6,5 metros cúbicos e na estrada consigo rodar até 130 quilômetros, na cidade 80 e isso com pouco mais de R$ 13,00. Meu carro nunca deu problema. O desenvolvimento dele é o mesmo que o de um carro a álcool”, defende.
Já o contador Rodrigo Bovoline, admite a economia de 51,6%, mas não recomenda o uso. “Não gostei da experiência porque investi na época R$ 3 mil, é claro que obtive o retorno em combustível, mas o valor investido não agrega ao veículo no momento da venda e sem contar que foi uma adaptação. Só recomendo se for original”, enfatiza.
Conversão – Conforme o Detran, para realizar a conversão do GNV o condutor necessita de uma autorização do Detran para a devida finalidade. O documento é apresentado a mecânica onde será feita a conversão. A instalação é realizada e é necessária uma inspeção feita pela instituição técnica licenciada pelo Inmetro e homologada pelo Detran. Depois de atestado é emitido um certificado de segurança veicular e o selo que comprova a regularização.
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