Moradores convivem com ‘lixão’ e temem proliferação do Aedes aegypti

Todo tipo de lixo é jogado em terreno do Jardim Panamá

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Todo tipo de lixo é jogado em terreno do Jardim Panamá

Os moradores do Jardim Panamá não aguentam mais conviver com um ‘lixão’ que se formou no fim das ruas Itamirim e Catulino Severo Monteiro. A situação não é nova e já foi noticiada pelo Jornal Midiamax em abril deste ano. 

Em uma rápida visita pelo local é possível sentir o cheiro forte de animais mortos e ver sofás, restos de construção, galões, garrafas, móveis e vários sacos de lixo doméstico. Os moradores temem a proliferação de animais peçonhentos e do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, a chinkunya e a zika vírus. 

Os moradores dizem não saber de quem é a responsabilidade do local. Uma moradora antiga diz antes o local era uma reserva. Parte do terreno seria da Prefeitura, onde seria feita uma praça, já a outra parte seria terreno particular. O que os moradores sabem é que ninguém está se preocupando com o terreno. 

A casa da estudante Cibele Souza, não faz fundos com o ‘lixão’, mas mesmo assim, se preocupa com as doenças. “O pessoal joga de tudo. Não afeta tanto [a casa dela], pois há um terreno atrás da minha casa, mas mesmo assim, a gente se preocupa com a dengue e com as novas doença transmitidas pelo mosquito”. Ela diz que não sabe de quem é o terreno e por isso, não é possível cobrar providências. Outro problema apontado pela estudante, é o mato alto que fica no terreno. “para quem passa de moto de noite aqui, é muito perigoso”, completa. 

A comerciante Janete Oliveira diz que a empresa dela é prejudicada pelo ‘lixão’. Da janela do escritório, ela vê as pessoas descarregando todo o tipo de lixo. “Parte do lixo foi deixado pela empresa que fez o asfalto. Meu marido ainda perguntou se eles deixariam os restos ali e eles não falaram nada. Outra parte é jogado pela própria população. Tem carcaça de animais, despachos com bichos mortos. Fica um cheiro muito ruim e os clientes reclamam”, diz. “Ficamos preocupados também com a infestação de mosquitos”, completa a comerciante. 

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), foram notificados entre 29 de novembro e 5 de dezembro 980 casos de dengue. Desde o começo do ano, foram 36.030 casos suspeitos. Foram confirmadas 16 mortes causadas pela doença, sendo três em Campo Grande. 

O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande, mas até o fechamento deste texto, ainda não obteve retorno.

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