Ação será realizada até o fim da tarde

Os (pessoas que estão de passagem por Campo Grande) e moradores de rua participaram na manhã desta quinta-feira (20), de uma ação social promovida pelo MPE/MS (Ministério Público Estadual) no (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante). O objetivo da #RuaSolidária Acolhimento e Cidadania é disponibilizar serviços como emissão de documentos, aferição de pressão, glicemia, curativos, testes rápidos de DSTs, corte de cabelo, encaminhamento ao mercado de trabalho entre outros serviços.

A promotora de Justiça Jaceguara Dantas da Silva Passos, titular da Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos, diz que muitas vezes os laços familiares dessas pessoas estão rompidos e por isso, elas estão em situação de vulnerabilidade. Sobre os serviços de atendimento a essa população implantados na Capital, a promotora afirma que o Ministério Público busca contribuir para que o atendimento seja aprimorado.

“Estava tudo misturado: a pessoa de rua, o migrante. Estavam faltando muitos serviços, que foram implantados, após os inquéritos [civil público]. “Por si não vai resolver. Cabe ao poder público contribuir nisso tudo”, diz.

Segundo a secretária municipal de políticas e ações sociais e cidadania Janete Belini, no Cetremi são investidos anualmente R$ 179,321,21 mil, com recursos do Feas (Fundo Estadual de Assistência Social) e do Fnas (Fundo Nacional de Assistência Social). Com o pessoal especializado são R$ 921 mil anuais.

Belini afirma que a ação desenvolvida no Cetremi foi pensada pelos envolvidos há mais de 1 ano e meio com objetivo de mapear os moradores de rua, onde estão, como estão vivendo e se estão em família. Segundo a secretária, as equipes da secretaria vão aos locais onde há concentração de moradores de rua e que buscam melhorar a autoestima das pessoas e promover atendimentos básicos. “Com cada um oferecendo um serviço é possível sensibilizar que eles podem sair dessa situação, mudar de vida e sem dúvida”, diz.

Entre os atendidos na ação, estiveram vários migrantes e pessoas que estão no Cetremi já há alguns meses. Na fila do atendimento odontológico estava Maria José Tozete, de 49 anos, que estava em Tangará da Serra (MT), trabalhando em fazenda, mas que tenta voltar para casa, em Votorantim (SP), onde estão os filhos.

“Estou indo de ônibus [para São Paulo] e quando cheguei aqui, não tinha mais dinheiro, mas agora, eles vão me arrumar a passagem”, diz. Sobre o trabalho, ela conta que nunca teve medo de pegar no pesado, mas que não ganhava o suficiente, por isso, decidiu voltar para o interior paulista. “Aqui [Cetremi] foi bom. Ajudam muitas pessoas em e acolheram e vou tentar ir ao dentista antes de ir, já faz muito tempo que não vou”.