Professores e administrativos reivindicam reajuste salarial

Começou nesta quarta-feira (27), a paralisação de professores e administrativos das escolas estaduais. Conforme o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botareli, a estimativa é de que mais de 17 mil profissionais tenham aderido ao movimento.

Segundo as informações da Federação, a rede estadual de educação tem 20 mil professores e 6,2 mil administrativos. O salário inicial do magistério é de R$ 1.331 e a categoria pede reajuste de 10,98%, ou seja, R$ 1.917 para 20 horas aulas. Os demais servidores, que recebem em torno de R$ 805,00, esperam reajuste de 8,17% e a antecipação da data base para janeiro, a partir de 2016.

“Estamos negociando desde 12 de janeiro, mas chegamos ao limite. Queremos o cumprimento da Lei 4.464 e também reajuste e antecipação da data base dos administrativos. O governo Estadual tem de ceder e abrir uma negociação em que a categoria se sinta contemplada. Não podemos aceitar a proposta anterior de que o piso chegue ao valor que queremos em oito anos. Estamos abertos para encontrar proposta que atenda reivindicação que os professores possa aceitar”, afirma.

Quanto ao impacto provocado por conta da paralisação, Botareli diz que os alunos são os principais prejudicados, mas destaca que a paralisação é “o último recurso para conseguir a valorização da categoria”.

“Ninguém gosta de fazer greve porque é prejudicial principalmente para os alunos e a sociedade como um todo, mas é um instrumento do trabalhador e a categoria chegou ao seu limite”, justifica.

A categoria se reúne nesta manhã na sede da Fetems para discutir as ações realizadas durante a greve, que seguirá por tempo indeterminado. O Estado conta com 362 escolas, mas até o momento não é possível informar quantas estão fechadas por contas da paralisação.