Funcionários da Solurb vão descumprir ordem judicial e manter paralisação
Decisão foi votada por unanimidade durante assembleia nesta manhã
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Decisão foi votada por unanimidade durante assembleia nesta manhã
Depois de deliberarem sobre a decisão judicial que determina que os funcionários da Solurb, concessionária responsável pela coleta de lixo em Campo Grande, retomem às atividades, os trabalhadores decidiram por unanimidade descumprir a determinação e manter a paralisação iniciada no último dia 9.
O presidente do Steac-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação de Mato Grosso do Sul), Wilson Gomes da Costa, diz que recebeu a notificação às 22 horas dessa terça-feira (15), no entanto, com a decisão da categoria, o sindicato irá recorrer a fim de evitar a multa por descumprimento da decisão.
“A multa é questionável. Vamos recorrer”, explcia. Conforme Costa, apenas os serviços de coleta hospitalar serão realizados. A esposa de um dos trabalhadores, que preferiu não se identificar, considera injusta a decisão judicial que determina que os funcionários retornem ao trabalho. “Isso não é justo. A Justiça deveria obrigar a empresa a pagar os salários e não mandar que eles voltem a trabalhar sem receber”, declara.
O vice-presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Marcos Tabosa, também participou da assembleia e apoiou a decisão da categira. “O trabalhador quer receber, não importa a briga entre a Prefeitura e a Solurb. Se a Prefeitura encontrar algum meio de fazer o depósito direto na folha dos trabalhadores, eles voltam imediatamente. O importante é ter o dinheiro na conta”, afirma.
Uma decisão do MPT (Ministério Público do Trabalho) assinada pela juíza substituta, Keethlen Fontes Maranhão, determina que a Solurb pague os funcionários em até cinco dias, contados a partir dessa terça-feira. Caso a empresa descumpra a determinação, terá de arcar com multa diária de RS 100,00 por trabalhador.
Ao Solurb conta com 1.080 trabalhadores. A empresa alega ter R$ 23,8 milhões a receber do Município e justifica que por conta do atraso não foi possível realizar o pagamento dos trabalhadores.
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