‘Fofocas’ são principais causas de brigas nas escolas públicas de MS
Projeto do TJMS quer prevenir violência resolvendo conflitos
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Projeto do TJMS quer prevenir violência resolvendo conflitos
Os casos de violência escolar em Mato Grosso do Sul já renderam muitos vídeos nas redes sociais e até mortes entre estudantes. E as principais causas dos desentendimentos são ‘fofocas’ e bulliyng. A rapidez com a qual se viralizam essas cenas confirma que a agressão se tornou espetáculo para os alunos. Com o projeto JRE (Justiça Restaurativa na Escola), o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) quer debater e prevenir as brigas em 16 escolas.
Nos últimos anos, escolas municipais e estaduais se tornaram palco de violência entre alunos. As agressões vão desde injúrias e difamações (verbais) até lesões corporais graves (físicas) e morte. Como é o caso da estudante Luana Vieira Gregório, de 15 anos, assassinada a facadas no ano de 2013, durante briga com uma colega de 16 anos de idade, em frente à Escola Estadual José Ferreira Barbosa, na Vila Bordon, região oeste de Campo Grande.
‘Fofocas’ na mira
Segundo a psicóloga Fernanda Oshiro, facilitadora do programa JRE, “os conflitos são causados na maioria por causa de fofocas e brincadeirinhas entre colegas. Por não saberem administrar o problema usam a agressão como alternativa para resolver o incômodo”. Os casos hoje são equilibrados entre meninos e meninas, mas conforme Oshiro, o número de agressões envolvendo meninas vem se tornando mais expressivo.
As escolas participantes do projeto foram escolhidas pela SED (Secretária de Estado de Educação). Entre elas está a Escola Estadual João Carlos Flores, do Bairro Rita Vieira, que conforme a coordenadora da instituição Sonely da Costa, “há quatro anos era conhecida por ser uma má escola, com muita marginalidade e brigas. Por anos carregamos uma imagem ruim em razão dos alunos agressivos que aqui estudavam, mas depois que iniciamos palestras preventivas contra a não violência, a escola recuperou uma imagem satisfatória”.
O programa trabalha com prevenção nas salas de aula a partir do 6º ano, com objetivo de atingir adolescentes de 12 a 18 anos. A instituição fica responsável por indicar casos de conflito e o programa passa acompanhar diretamente essas ocorrências. O objetivo é buscar de forma pacífica e educativa, a resolução de conflitos através do diálogo e do resgate de valores dos jovens.
Dia da não violência
A data 02 de outubro é comemorada internacionalmente como o Dia da Não Violência. Foi criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em homenagem a Mahatma Gandhi, um dos maiores líderes pacifistas da história, que levou multidões a conhecer e praticar o significado da não-violência, na sua luta pela independência da India.
Hoje a data foi comemorada pelo grupo da JRE com atividades e dinâmicas, na quadra da escola Estadual João Carlos Flores, levando-os a refletirem a respeito de alguns valores morais e acerca da resolução pacíficas.
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