Família denuncia falta de remédio para Alzheimer fornecido pelo Estado

Estado diz que situação deve se resolver em 20 dias

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Estado diz que situação deve se resolver em 20 dias

A família de Maria de Lurdes da Silva, de 88 anos, está desesperada devido a falta do medicamento para o tratamento de Alzheimer, que deveria ser fornecido pelo Estado de Mato Grosso do Sul, com direito conquistado na justiça.

Segundo a filha, há três meses que os familiares tem encontrado dificuldades para conseguir o Exelon Patch 10, na Casa de Saúde. O caso piorou quando no último mês a filha precisou recorrer ao poder municipal para conseguir pelo menos uma caixa do remédio, pois o governo do Estado estava sem estoques do produto.

“Eles quebraram o galho, mas já disseram que neste mês eles não podem ajudar, porque não é responsabilidade do município e isto tiraria a direito de outras pessoas”, diz a filha.

O medicamento custa em média R$ 500 e a família alega não ter condições de comprar mensalmente. “A gente já precisa comprar os produtos de higiene, alimentação, que é específica, além dos outros remédios. Fica muito difícil arcarmos com mais esse custo”.

Ainda segundo a filha, o medicamento da mãe, que consiste em um adesivo que dever ser trocado diariamente, está acabando e sem eles Maria de Lurdes tem o quadro, que já critico, agravado ainda mais. “Só temos mais três adesivos e sem ele minha mãe tem surtos, fica desorientada, começa a agir de forma agressiva. Já é complicado, porque ela não faz mais nada sozinha, mas o medicamento ajuda a controlar um pouco”, desabafa a filha.

O governo do Estado informou que o medicamento realmente está em falta e que o problema é com o fornecedor, que não participou dos processos licitatórios abertos pelo Estado. Conforme a secretaria de Saúde, apenas um laboratório produz esse medicamento no país inteiro, por isso a dificuldade em consegui-lo.

Ainda segundo a secretaria, em até 20 dias a situação deve estar normalizada e o produto deve estar disponível na Casa da Saúde. Até lá, os familiares da senhora Maria de Lurdes terão que arcar com o prejuízo, uma vez que a secretaria não conseguiu nenhuma doação do produto em outros municípios.

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