Diretor culpa governo e diz que equipe continuará cuidando de peixes

Novas informações apontam que apenas ‘seis ou sete mil’ animais morreram

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Novas informações apontam que apenas ‘seis ou sete mil’ animais morreram

O diretor da empresa Anambi, até então responsável pela manutenção dos peixes já comprados para o Aquário do Pantanal, Geraldo Augusto da Silva, responsabilizou o Governo do Estado pelos problemas que culminaram na mortandade das espécies, bem como pelos percalços ocorridos até o momento na obra. Segundo ele, passados os oito meses de duração previstos no cronograma do projeto, foi solicitado ao Executivo que houvesse reestruturação para adaptar os trabalhos de preservação dos peixes à nova data de entrega do Aquário.

Inicialmente, o plano traçado ainda na gestão de André Puccinelli (PMDB) era, a partir de agosto do ano passado, montar os tanques para armazenar as espécies e em janeiro de 2015 acomodá-los no prédio pronto, mas o atraso na inauguração da obra alterou o roteiro. Sem respaldo governamental, o diretor afirma que foi obrigado a arcar com R$ 60 mil para custeio de alimentação dos animais e entre outras providências, como o empréstimo de equipamentos para mantê-los vivos.

“Por isso, a partir de agora, o responsável é o Governo”, explicou. As informações foram repassadas nesta terça (30), durante visita da comissão formada por deputados para acompanhar a obra. Geraldo não pôde acompanhar os parlamentares.

Quanto à divulgação da morte de mais de 10 mil peixes no início deste mês, ele esclareceu tratar-se apenas de estudo prévio e, portanto, não retrata a realidade. Agora o diretor garante que apenas seis ou sete mil animais morreram, sendo que 13 mil estão vivos nos tanques abrigados pela PMA (Polícia Militar Ambiental). E acrescentou “estar na média” a morte das espécies.

Entre as discrepâncias de informações também está o fato de R$ 3 milhões terem sido investidos na montagem e manutenção dos tanques e, ao mesmo tempo, Geraldo alegar que a empresa não foi paga financeiramente pelo projeto. “Nosso pagamento foi a propriedade intelectual do estudo”, alegou. Segundo ele, outros R$ 2 milhões estão na conta da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul).

O rompimento da Anambi não se estende à equipe que cuida das espécies. Cerca de 20 profissionais se comprometeram em continuar trabalhando.

A partir de agora, o Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) será responsável por manter o material vivo até a inauguração do Aquário, que ainda não tem data para ocorrer. O governo informou na segunda (29) que rescindiu o contrato com a Anambi.

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