Dia Mundial Sem Carro não empolga campo-grandenses e calor deixa parques desertos

Campo Grante tem 90 quilômetros de ciclovia

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Campo Grante tem 90 quilômetros de ciclovia

O Dia Mundial Sem Carro, comemorado nesta terça-feira, 22 de setembro, não atraiu muitos adeptos em Campo Grande. Em um volta pelas ciclovias da cidade, na Avenida Afonso Pena e na Orla Morena, foram vistos pouquíssimas pessoas utilizando meios alternativos de locomoção e até os eventos que estavam programados para este dia, organizados pelo conselhos comunitários de Segurança da região Central e de Segurança no Trânsito, foram desmarcados.

A data foi criada na França, em 1997 e adotada pelos paulistas em 2003, tendo como objetivo estimular uma reflexão sobre o uso excessivo do automóvel, e propor às pessoas que dirigem todos os dias, que revejam a dependência que criaram em relação aos veículos motorizados. Mas na Capital, ao que parece, o calor e falta de tempo hábil, alegada pela organização do evento que promoveria atividades em alusão ao dia, desanimaram os campo-grandenses, que optaram mesmo, foi por sair de casa de carro, e de preferência com o ar condicionado ligado.

Nas ruas da cidade, o que se viu foi um grande número de veículos, em sua maioria com vidros fechados, e os estacionamentos de bicicletas vazios. O Parque das Nações e a Orla Morena, que normalmente estão movimentados de famílias e jovens, seja tomando tereré, ou simplesmente aproveitando a natureza, também estavam abandonados.

Um dos poucos ciclistas que encontramos, o estudante de psicologia Phillipe Vaz, de 27 anos, disse que não entende porque os moradores não utilizam mais os meios alternativos de locomoção. “A cidade é muito boa no quesito ciclovias, e apesar do calor, o tempo ajuda, porque para quem veio de Curitiba (PR) onde você sai de casa com dois casacos e volta querendo tirar a camisa, a estabilidade daqui favorece esse tipo de transporte”.

Phillipe mora em Campo Grande há nove meses, e desde que chegou, usa a bicicleta para ir para todos os lugares, inclusive no trajeto da faculdade para casa. O estudante explicou que as más condições do transporte público o fizeram optar pela bike e depois que começou a pedalar, se apaixonou.

O administrador de empresas, Matheus Conrado, de 29 anos comentou que há quatro meses adotou a bicicleta como meio de transporte, mas ainda não conseguiu abandonar totalmente o carro. “Vou ao banco, ao mercado e às vezes para o trabalho de bicicleta. Mas ainda não me desliguei totalmente do carro. É difícil, mas é a meta”, diz.

Matheus pode ser considerado um exemplo dos ciclistas de final de semana, que devem participar do pedal em alusão ao Dia Mundial Sem Carro, que acontece na Capital há seis anos, reunindo em 2014, mais de 80 pessoas. A estimativa dos organizadores é que neste ano o pedal reúna aproximadamente 150 pessoas.

Ciclovias

Campo Grande é quarta cidade em extensao de ciclovias, espalhadas ao longo de 90 quilômetros. E para quem tiver interesse em mudar a rotina, foi lançado em junho O Mapa Cicloviário Colaborativo de Campo Grande. A ferramenta foi desenvolvida por ciclistas com apoio da Prefeitura e conta com várias informações importantes aos ciclistas. Os usuários e colaboradores podem interagir postando notas, comentários e locais de apoio na rede de ciclovias.

Pedalada
A saída será na Rua Pedro Celestino, 1.368, às 19 horas. O percurso se encerra às 20 horas no estacionamento do Shopping Campo Grande. Para participar é importante não esquecer do capacete.

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