De olho na segurança, população aceita ser ‘vigiada’ por câmeras
Maioria diz que câmeras trarão paz e evitarão assaltos
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Maioria diz que câmeras trarão paz e evitarão assaltos
A população aprova o sistema de videomonitoramento que começou a funcionar nesta sexta-feira (19) no centro de Campo Grande. Para a maioria, as 22 câmeras de segurança instaladas pela Prefeitura no quadrilátero formado pelas ruas Rui Barbosa, 26 de Agosto, Noroeste e Avenida Mato Grosso evitarão assaltos e farão os campo-grandenses se sentirem mais protegidos.
A suposta invasão de privacidade, polêmica que surgiu com a chegada do projeto da Prefeitura, não incomoda os entrevistados pelo Midiamax. Para eles, a segurança é mais importante. Mas houve quem questionasse o método do monitoramento. Confira abaixo a opinião de cada um.
Complementar a segurança
O advogado José Pereira da Silva, de 59 anos, elogiou o sistema de videomonitoramento e frisou sua importância. “Vem para complementar a nossa segurança. Isso é sempre bom”.
Perguntado se fica incomodado por estar sendo “vigiado”, Pereira é sucinto.”Não tira a privacidade, esse papo é bobagem. Mais importante que isso é não ser assaltado”.
Quem não deve não teme
A diarista Eliana Lopes, de 43 anos, pensa de forma semelhante. “É ótimo para a nossa segurança. Estamos na rua, um local público, onde muitas coisas acontecem. Então é até melhor que estejam nos vigiando”.
Eliana ainda “cutucou” os que reclamam de invasão de privacidade, usando a máxima do quem não deve não teme. “Quem diz que tira a privacidade parece que quer fazer algo errado”.
Ajuda para a polícia
Para Aline Sales, estudante de 18 anos, as câmeras do videomonitoramento já a deixam mais segura. “Andarei mais tranquila. As câmeras vão evitar assaltos e melhorar o policiamento”.
A jovem destacou que a privacidade não será invadida. “Você continuará fazendo o que faz. Passa muita gente no centro. Só vão te observar se desconfiarem de algo, se for coisa errada”.
Menos crimes
A comerciante Sirlene Camargo, de 55 anos, trabalha na Praça Ary Coelho a longa data. Ela comemorou que o local será vigiado. “Me sinto mais protegida, ficarei menos preocupada com algum roubo, assalto”.
Sirlene ressaltou que as câmeras vão coibir os criminosos. “Vão deixar de assaltar por aqui porque estão filmando”.
Sem acesso
Dentre os entrevistados pela equipe de reportagem, a terapeuta ocupacional Juliana Braga, de 31 anos, foi uma das que teve uma opinião diferente. Juliana elogiou a ferramenta de segurança, mas questionou o funcionamento e a efetividade do videomonitoramento.
“É uma ferramenta, mas não adianta nada se não tiver alguém que esteja olhando tudo o tempo todo. Nós cidadãos não saberemos se isso vai acontecer e nem teremos acesso”.
O projeto
A Prefeitura inaugurou nesta manhã o sistema de videomonitoramento da região central da cidade, com a meta inicial de reduzir em 30% a criminalidade. São 22 câmeras no quadrilátero formado pelas ruas Rui Barbosa, 26 de Agosto, Noroeste e Avenida Mato Grosso.
As câmeras têm 450 metros de alcance, geram imagens em 360º e dispõem de dispositivo dia e noite. O material registrado ficará armazenado por 30 dias e pode ser requerido pelo Judiciário e da segurança pública como fonte de investigação criminal.
De acordo com o secretário municipal de Segurança Pública, Valério Azambuja, a intenção é ampliar para mais 50 câmeras até o fim do ano.
As funções do serviço são, principalmente, atender à ocorrência no exato momento que acontece e servir de fonte de investigação e prova de processo.
A PM (Polícia Militar), Polícia Civil, PRF (Polícia Rodoviária Federal), Agetran (Agência Municipal de Trânsito) e Defesa Civil vão trabalhar de forma integrada.
Serão 40 servidores que vão participar do sistema de videomonitoramento, sendo 6 da Agetran, 22 da GCM (Guarda Civil Municipal), 6 da PM (Polícia Militar) e 6 da Defesa Civil. Os turnos contarão com 8 servidores em um plantão de 24 horas.
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