Com risco de nova greve, moradores ainda enfrentam acúmulo de lixo

Coleta ainda não se normalizou e pode parar de novo

Mesmo com a volta da coleta de lixo na última sexta-feira (18), depois de dez dias parada, a população ainda sofre com a demora na retirada do lixo acumulado em várias regiões da cidade.

O empresário, Pedro Rocha, de 44 anos, dono de um restaurante, no Bairro Nova Bahia, explica que desde a paralisação esta tendo outros gastos ao ter de pagar para a remoção do lixo da porta de seu estabelecimento. “Estou revoltado, a cada três dias tenho de pagar um autônomo com um custo de R$ 70”, fala.

O lixo também está acumulado na Vila Palmira, região oeste de Campo Grande. De acordo com o morador, o acúmulo de lixo já beira ao caos. “Está insuportável a situação”, diz. A situação não é diferente no Aero Rancho, região sul da cidade. Nas ruas Antônio Poma, Pedro Soares de Souza e Eugênio Gudim.

“O perigo desse lixo acumulado é com a proliferação de pragas. O lixo está na frente das escolas e das casas”, fala o morador.

A coleta de lixo foi interrompida no dia 8 de setembro e só foi retomada depois de dez dias na última sexta-feira (18). Por dia são produzidos em média 700 toneladas de lixo, e segundo a Solurb, concessionária responsável pela coleta de lixo na cidade, depois do retorno dos trabalhos, a situação só seria normalizada em 20 dias.

O presidente da Steac (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação), Wilson Gomes afirmou que a coleta de lixo não deve paralisar até a próxima terça-feira (29), já que os 600 trabalhadores entre varredores, coletores e mecânicos devem receber nesta tarde as cestas básicas. 

Já os motoristas decidiram esperar o recebimento do vale alimentação para a próxima terça-feira (29). “Os motoristas concordaram em esperar, e hoje (quinta) 100% da categoria está nas ruas fazendo a coleta”, afirma Gomes.