Com quase cem dias de greve UFMS tenta negociação com governo federal
Categoria tenta nova reunião com governo federal
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Com quase cem dias em greve, os docentes da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) esperam por uma resposta do MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão) para tentar colocar fim à greve iniciada em julho.
“Fizemos um pedido de audiência na semana passada, mas não fomos atendidos na última quarta-feira (23)”, explica Marco Aurélio, diretor-financeiro da Adufms (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
Ainda de acordo com Marco Aurélio, além da redição no reajuste inicialmente proposto pelo governo federal de 21,3% em quatro anos para 10,8% em dois anos, o corte de verbas para investimentos também é um ponto de discussão. “No ano passado a redução em investimentos foi de 50% reduzindo R$ 11 bilhões e para o ano que vem a previsão de corte é de mais ou menos R$ 5 bilhões”, fala.
“Vamos aguardar até esta sexta-feira (24) uma resposta do ministério, e depois decidir o vamos fazer em relação a greve dos professores”, afirma Marco Aurélio.
Greve
A greve dos docentes da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) teve início no dia 15 de junho. A paralisação deixou sem aulas 17 mil acadêmicos, sendo oito mil só em Campo Grande. Mato Grosso do Sul tem oito campi, Nova Andradina, Coxim, Ponta Porã, Aquidauana, Chapadão do Sul, Paranaíba, Três Lagoas e Naviraí.
Os profissionais reivindicavam um reajuste de 27% e reestruturação da carreira com progressão funcional entre um nível profissional e outro. Mas, depois de várias reuniões no MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão), em Brasília, a categoria apresentou nova proposta de 19,7%, que não foi analisada pelo governo federal. Atualmente o salário de professores, graduados inicialmente para 20 horas aulas, é de R$ 2.080,00, mestres R$ 4 mil e doutores R$ 8.600.
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