Com ônibus lotado, população diz que tarifa de R$ 3,25 não cabe no bolso
Lotação é uma das principais reclamações
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Lotação é uma das principais reclamações
A tarifa do transporte coletivo, que a partir desta quinta-feira (19), passa a custar R$ 3,25 para veículos convencionais e R$ 3,95 para ônibus executivos, não agradou a população de Campo Grande. Uma pesquisa feita pelo Jornal Midiamax, no centro da cidade, mostra a insatisfação dos passageiros, que não concordam com o valor da passagem e reclamam principalmente da demora e da lotação dos veículos.
Conforme dados da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Campo Grande conta com 180 linhas de ônibus e frota de 583 veículos, que transportam diariamente em média 215.860 passageiros. Para o porteiro Marcos de Oliveira soares, de 22 anos, a quantidade não é suficiente para atender a demanda.
“Os ônibus são muito lotados. Acho que a quantidade da frota é pouca se comparada ao número de passageiros. O aumento da tarifa só vai prejudicar o bolso da população porque as empresas não vão fazer nenhuma melhoria”, frisa.
A vendedora Adaiane Barbosa, de 26 anos, usa o transporte coletivo constantemente e reforça que o principal problema é a quantidade de veículos disponíveis. “Os ônibus são muito cheios, demoram muito para passar. Aos sábados parece até que reduzem pela metade a quantidade de veículos”, diz.
Questionado sobre o valor da passagem e o serviço oferecido, o eletricista Luiz Mario, de 58 anos, criticou o aumento. “Acho que o transporte está muito caro considerando a situação que o país está passando. O serviço não é de qualidade, os ônibus demoram muito para passar e acabam ficando lotados”, relata.
A professora, Maria Nilza, de 56 anos, também não concorda com o aumento. “Se eu falar que é justo estaria sendo hipócrita. Aumentam o valor da passagem e não melhoram a qualidade. Quanto mais caro fica a passagem, pior o serviço e maior o número de carros nas ruas. Não pensam nisso”, observa.
Para a operadora de caixa, Beatriz de Matos, de 24 anos, os R$ 3,00, pagos atualmente, já estão além do serviço oferecido. “Isso é um absurdo. Só tiram da população e não oferecem melhorias. O valor atual já está pesado para o consumidor. Não aumentam a frota, não melhoram os veículos e os terminais as vezes deixam a desejar”, critica.
O gerente de vendas, André Corrêa, de 20 anos, ressalta que os veículos precisam de manutenção. “É um absurdo porque o serviço não é de qualidade. Os ônibus precisam passar por revisão. Fazem muito barulho, as portas estão estragadas e em muitas das vezes as barras de ferro, onde nos seguramos, estão quebradas”, afirma.
Weslley de Oliveira, de 21 anos, que trabalha como vendedor, também destaca a necessidade de manutenção. “Esses veículos precisam de revisão. Não oferecem muita segurança para os passageiros”, declara.
Aumento –
O aumento da passagem foi publicado nesta quarta-feira (18), no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande). Conforme o decreto, o troco máximo estipulado para as linhas circulares executivas, terminais de transbordo e estação PEG-Fácil é de R$ 20,00.
A publicação diz ainda que em datas especiais como o Dia do Trabalho (1º de maio), Dia das Mães (2º domingo de maio), Dia dos Pais (2º domingo de agosto), aniversário de Campo Grande (26 de agosto), Finados (2 de novembro), Natal (25 de dezembro) e Ano novo (1º de janeiro), será cobrado apenas 40% da tarifa convencional, ou seja, R$ 1,30, no entanto, o pagamento deve ser feito com cartão eletrônico recarregável .
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