Com fiscais em greve, certificações para importação e exportação ficam paradas

Paralisação segue por tempo indeterminado

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Paralisação segue por tempo indeterminado

A greve dos fiscais federais agropecuários do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), paralisou as certificações sanitárias necessárias para importação e exportações nos frigoríficos de todo o país. Com o serviço interrompido, as cargas ficam retidas nas empresas.

A paralisação dos profissionais foi deflagrada nessa quinta-feira (17). A categoria reivindica recomposição do quadro de pessoal por meio de concurso público, em defesa da meritocracia na ocupação dos cargos comissionados. Os grevistas são contra a terceirização do Serviço de Inspeção Federal e também pedem a reposição salarial devido às perdas inflacionárias. Os sindicalistas solicitam ainda a mudança da nomenclatura do cargo para auditores fiscais federais agropecuários.

No primeiro dia de greve 97 caminhões ficaram parados no pátio dos frigoríficos e postos de vigilância agropecuária de fronteira, situados em Corumbá, Mundo Novo e Ponta Porã. Até que a greve dos dos fiscais federais agropecuários seja interrompida, as cargas não podem ser liberadas por conta da falta da emissão de Certificados Sanitários, como explica o delegado do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários de Mato Grosso do Sul, André Castriani Quirino.

“Todas as unidades de fronteira estão de fronteira estão paralisadas porque fiscalizam as importações e exportações de produtos agropecuários que necessitam de certificação do Ministério da Saúde e não estamos fazendo as certificações. Apenas os abates e inspeções estão sendo realizados porque não podemos interromper esses serviços para garantir a saúde púbica”, declara.

O delegado sindicatal observa que o impacto da greve é principalmente no setor econômico, considerando que as cargas ficam retidas e geram prejuízos para as empresas. “Focamos na parte econômica para que as empresas pressionem a União”, afirma.

Em todo o país existem mais de 2.600 fiscais federais agropecuários, deste são 105 profissionais ativos no Estado, que recebem em média entre R$ 15 mil e R$ 19 mil. Calcula-se que 90% da categoria tenha aderido à paralisação que segue por tempo indeterminado ou até que haja alguma proposta por parte do governo Federal e que contemple as pautas apresentadas pelos sindicalistas. Uma nova assembleia já está agendada para a próxima segunda-feira (21).

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