Coletores esperam receber nesta sexta e voltam a recolher lixo de hospitais

Assembleia foi realizada nesta manhã

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Assembleia foi realizada nesta manhã

Os coletores de lixo realizaram uma assembleia no começo da manhã desta sexta-feira (18) e decidiram retomar a coleta de lixo hospitalar, que ficou parada por um dia, mesmo com uma ordem judicial. Segundo o presidente do Steac-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação de Mato Grosso do Sul), Wilson Gomes da Costa o há uma previsão de pagamento dos trabalhadores às 11 horas. Caso o depósito se confirme, os coletores do período noturno devem retomar o serviço nesta sexta.

Conforme o presidente do sindicato, o valor de R$ 1.568.800,00, depositado pela Prefeitura para o pagamento dos 1.080 funcionários, realmente cobre os salários. Ele diz que a quantia está em um levantamento feito pelo sindicato. Costa rebateu a alegação da Solurb, de que o valor não é suficiente para os salários e disse que o valor não seria o bastante para a soma de salários e encargos. “Se tiver boa vontade [a Solurb], aceita o dinheiro depositado e paga os trabalhadores”.

Com relação à cesta básica, que também não foi paga, o sindicato diz que conversou com a categoria que aceitou dar prioridade ao salário e deixar a alimentação por conta de decisão da justiça.

A coleta de lixo em Campo Grande é feita em dois turnos: o diurno, das 7h20 as 15h50 e o noturno, das  19 horas as 2h47. Caso o pagamento seja depositado, os trabalhadores retomam a coleta com a possibilidade de duas horas extras para dar conta de todo o lixo da cidade.

Lixo hospitalar

A coleta de lixo hospitalar foi retomada na manhã desta sexta, com 15 trabalhadores e dois caminhões de lixo infectante e um de lixo não infectante. O presidente do sindicato disse que coleta foi suspensa na quinta-feira (17), por conta da situação. “Não tinha clima para os coletores trabalharem sem previsão de receber. A partir do momento que a Prefeitura fez esse depósito, deu ânimo para a categoria, que entendeu que há boa vontade da Prefeitura”.

Sobre a possibilidade de ser aplicado multa por conta da paralisação da coleta de lixo hospitalar, Costa diz que o jurídico do sindicato está analisando a situação.

Sem comida

O coletor Vanilton Silva Araujo, de 39 anos, trabalha há dois anos na empresa diz que só volta a trabalhar quando o salário for pago. “Vamos voltar para casa e só vamos trabalhar quando o dinheiro estiver na nossa conta. Enquanto isso, a gente fica no aguardo. A situação já esta complicada, não tem nem mais arroz na panela para dar às crianças”. Segundo o trabalhador, já houve atrasos no pagamento, mas nunca chegou a esse ponto.

José Jesus Antônio, de 45 anos, trabalha há 10 anos na coleta de lixo. Ele diz que é importante que as pessoas entendam que eles não estão parados porque querem. “’E porque não foram pagos. Agente não recebeu e não tem dinheiro. Assim que nosso salario for pago, a gente volta a trabalhar”.

Conteúdos relacionados