Não há local para caminhões manobrarem

O aterro do , único aterro de entulho de , foi interditado nesta segunda-feira (21) por falta de espaço para os caminhões manobrarem. A ordem é que o aterro volte a funcionar até as nove horas de terça-feira (22). “Vamos trabalhar até de noite para livrar espaço para que os caminhões possam manobrar”, explica Alcindo de Macedo, servidor do Seinthra (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação).

Com a paralisação da coleta e a recente proibição da entrada de veículos no aterro do Dom Antônio Barbosa, a demanda aumentou no aterro do Jardim Noroeste. Caminhões faziam fila. Além do lixo em excesso, há apenas uma esteira para terraplanagem no local, já que a outra foi encaminhada para resolver problemas de encosta de rio.

Através de Alcindo, a equipe de reportagem do Jornal Midiamax teve acesso ao aterro e constatou a falta de espaço para manobras, de área segura para os trabalhadores e para quem vem depositar o entulho, além da presença de muito lixo doméstico que, na teoria, deveria ser despejado apenas nos outros aterros, já que o do Noroeste é específico para entulho.

“Vamos trabalhar até de noite, até conseguir fazer área de manobra segura para que os caminhões possam entrar. No momento, não temos espaço para esta manobra. Por isso, os caminhões estão na fila, mas já foram avisados para voltarem amanhã cedo”.

É o caso de Moacir Caetano, de 58 anos, que faz limpeza de terreno e trabalha com jardinagem, e estava com uma caçamba em frente do aterro esperando a vez. “Me disseram que estava cheio, e que não iam liberar a entrada de caçambas. Nos informaram que precisam organizar o espaço do local para liberar a entrada dos caminhões”.

Para piorar a situação, moradores da região atearam fogo na frente da entrada do aterro, o que dificulta a chegada dos veículos. Alcindo aproveitou a deixa para orientar a população a não atear fogo no lixo, e trazer apenas entulho para o aterro do Jardim Noroeste, localizado na região sudoeste da Capital. “Se não atrapalha o serviço de quem trabalha”, declarou ele.

Enquanto isso no Dom Antônio…

Enquanto isso, na região sul de Campo Grande, no aterro do Dom Antônio, conhecido como “lixão”, veículos que não são da Solurb, empresa concessionária responsável pela coleta de lixo no município, estão sendo impedidos de entrar e despejar o lixo.

Isaias Miguel, de 27 anos, trabalha com jardinagem no Bairro Carandá e tem uma caminhonete F4000. Segundo ele, os moradores do bairro alugaram o veículo para ele levar o lixo das ruas para o aterro. “Sábado vim aqui tinha caçamba em frente do aterro para depositar o lixo. Hoje não me deixaram entrar e não tem caçamba para o depósito. Não sei, agora, o que fazer”, disse ele.