Após negociação, fazendeiros param ataque a indígenas e deixam local

PM e Funai intervieram; indígenas seguem na região

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PM e Funai intervieram; indígenas seguem na região

Depois de negociação com a Polícia Militar e com a Funai (Fundação Nacional do Índio), os fazendeiros pararam o ataque aos indígenas e deixaram o local de conflito na BR-163, perto do distrito de Bocajá, a 30 quilômetros de Dourados. No início da noite desta quinta-feira (3), os indígenas guaranis e kaiowás, que ocupam terras na região, foram atacados por fazendeiros e pistoleiros. A informação foi revelada pelo secretário executivo do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), Cléber César Buzatto.

Com a chegada da PM e da Funai, os fazendeiros concordaram em deixar o local. Os indígenas, que tinham se dispersado e estavam escondidos se juntaram novamente e permanecem ocupando a área, conforme informação de Buzatto. A liderança frisou que os fazendeiros estão descumprindo acordo feito com o ministro da Justiça. Apesar do ataque, nenhum indígena ficou ferido.

O ataque

Segundo Cléber, misisonários foram informados pela comunidade local que os indígenas estavam sendo “duramente atacados por fazendeiros e pistoleiros”. A mensagem ainda diz que disparos de arma de fogo teriam sido efetuados e a comunidade indígena se dispersou, escondendo-se no mato. Uma das lideranças teria se perdido e os fazendeiros ainda estariam atirando.

Os fazendeiros teriam se reunido anteriormente para preparar o ataque. O motivo da ação seria, segundo o site local Dourados News, o bloqueio dos indígenas do Travessão do Castelo, via que dá acesso a propriedades rurais do distrito de Bocajá. A via está liberada e os indígenas seguem ocupando propriedades rurais na região.

 

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