Após irregularidades na Capital, MPE apura serviço de tapa buraco no interior

Em um vídeo divulgado na semana passada, operários aparecem colocando terra para tapar buraco

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Em um vídeo divulgado na semana passada, operários aparecem colocando terra para tapar buraco

O MPE-MS (Ministério Público Estadual em Mato Grosso do Sul) abriu procedimento preparatório para apurar o serviço de tapa buraco. Desta vez, a Promotoria de Justiça vai investigar supostas irregularidades no serviço do município de Rio Verde do Mato Grosso (MS). Se em Campo Grande, funcionários foram flagrados aplicando massa asfáltica em local sem irregularidade, no município operários jogaram terra em cima de buraco. A situação foi divulgada na quinta-feira (10), em um vídeo que flagra a situação.

De acordo com o procedimento preparatório – instrumento anterior ao inquérito civil e que apura informações preliminares -, o objeto é “apurar a suposta inadequação e má qualidade dos materiais utilizados na operação “tapa buracos” em andamento, os quais estariam sendo carreados pelas chuvas para o córrego Do Cato e para o Rio Verde”. Neste caso, ainda conforme o documento, a situação estaria entupindo bocas de lobo.

Questionada sobre o vídeo, o prefeito da cidade, Mario Alberto Kruger (PT), afirmou que a operação de tapa buraco é feito no improviso, mas negou que os buracos tenham sido cobertos por terra, ao invés da lama asfáltica. Trataria, disse, de solo-cimento, composição de cascalho, cimento e água, utilizado para sanar a irregularidade.

Em Campo Grande, a polêmica sobre o tapa buraco fantasma deve ganhar novo capítulo, após o Carnaval, quando o secretário de Obras, Valtemir de Brito, deve entregar a documentação sobre contrato e aditivos de empresas que prestam o serviço à Prefeitura. Caso ele não entregue, ou apresente informações insuficientes na visão dos vereadores, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) – que conta com oito assinaturas, faltando somente duas – será aberta na Câmara.

O Ministério Público também abriu investigação para apurar a Prefeitura e a Selco Engenharia, uma das contratadas do Executivo para o serviço e que envolvida no vídeo. No caso de Rio Verde, o procedimento preparatório que vai apurar a situação foi aberto pela Promotoria de Justiça da Comarca de Rio Verde de Mato Grosso e assinado por Fernanda Proença de Azambuja.

 

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